"Outro avanço histórico hoje!", escreveu o Trump na sua conta pessoal da rede social Twitter, referindo-se aos "dois grandes amigos", Israel e Marrocos, que disse terem concordado "em normalizar completamente as relações diplomáticas", o que constitui "um grande passo para a paz no Oriente Médio".
Bahrein e Emirados Árabes Unidos já tinham concordado nos últimos meses em normalizar as relações com Israel, no âmbito dos chamados "acordos abraâmicos", liderados pela Casa Branca, representada por Jared Kushner, genro e assessor de Donald Trump.
Another HISTORIC breakthrough today! Our two GREAT friends Israel and the Kingdom of Morocco have agreed to full diplomatic relations – a massive breakthrough for peace in the Middle East!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 10, 2020
O Sudão também deu o seu acordo de princípio para fazer o mesmo e, de acordo com Jared Kushner, o reconhecimento de Israel pela Arábia Saudita também é "inevitável".
A questão da normalização das relações entre Rabat e Israel foi reavivada em fevereiro passado, durante uma visita oficial a Marrocos do chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo.
Na ocasião, os 'media' israelitas disseram que o Governo de Rabat estaria pronto para para um acordo com Israel em troca do apoio norte-americano à posição de Marrocos sobre o Saara Ocidental, uma ex-colónia espanhola disputada por marroquinos e pelos separatistas da Polisário apoiados por Argélia.
Donald Trump, que deixará a Casa Branca em 20 de janeiro, anunciou ao mesmo tempo no Twitter que assinou hoje uma proclamação reconhecendo a soberania marroquina sobre o Saara Ocidental.
"A proposta séria, credível e realista de Marrocos para a autonomia é a única base para uma solução justa e duradoura para garantir a paz e a prosperidade!", escreveu o Presidente cessante.
"Marrocos reconheceu os Estados Unidos em 1777. Portanto, é apropriado que reconheçamos a sua soberania sobre o Saara Ocidental", justificou Trump.