As negociações indiretas, sob a égide da ONU e dos Estados Unidos, visam delimitar a fronteira marítima entre os dois países, removendo obstáculos à exploração de hidrocarbonetos no mar.
As discussões, que decorrem numa base da força interina da ONU no Líbano (FINUL), na cidade libanesa de Naqura, no sul fronteiriço a Israel, duraram hoje várias horas, mas não é claro se foram feitos progressos, refere a agência France-Press.
Num comunicado conjunto, a ONU e os Estados Unidos qualificaram esta terceira ronda de "produtiva", declarando-se "confiantes de que as negociações se concluirão com um acordo há muito esperado". O mesmo tinham considerado em relação à anterior ronda de negociações.
Após vários anos de mediação norte-americana, o Líbano e Israel declararam no início de outubro que tinham aceitado iniciar negociações sobre uma zona marítima contestada de 860 quilómetros quadrados, de acordo com um mapa registado nas Nações Unidas em 2011.
As primeiras discussões ocorreram a 14 de outubro e a segunda ronda a 28 e 29 do mesmo mês.
O dossiê dos hidrocarbonetos é particularmente estratégico para o Líbano, que aposta na prospeção para travar o seu afundamento económico.
Em 2018, Beirute assinou um primeiro contrato de exploração com um consórcio internacional formado pela empresa francesa Total, pela italiana ENI e pela russa Novatek, mas uma parte de um dos dois blocos em causa está na área disputada.