Migrações: Canárias instam administração estatal a intervir
O presidente das Canárias, Ángel Víctor Torres, instou hoje a administração estatal a "reagir" perante a incessante chegada de imigrantes africanos às ilhas, um fenómeno que ultrapassa os mecanismos de resposta que oferece a deficitária rede de acolhimento.
© Getty Images
Mundo Migrantes
Antes de inaugurar umas jornadas económicas, Torres referiu-se ao recorde histórico que se viveu este fim de semana nas Canárias, onde chegaram 2.188 imigrantes resgatados em barcos e caiaques, 1.461 dos quais no sábado, e afirmou que o balanço é simples: "O fluxo de chegadas está a ser muito superior à capacidade de resposta de acolhimento".
O molhe de Arguineguín, no sudoeste da Gran Canária, "chegou a ter 1.500 pessoas, passou a ter menos de 50, para voltar a albergar 1.500, para voltar a ter, há quatro ou cinco dias, menos de 100 e acolher 2.000" hoje, disse.
"Acolhe-se, distribuem-se e recolocam-se, mas o fluxo de chegadas é muito superior à resposta de acolhimento", assegurou, Torres, que, tal como disse na sexta-feira perante a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, e o seu homólogo espanhol, Fernando Grande-Marlaska, sublinhou hoje que faz falta "uma imediata e urgente resposta para desmantelar Arguineguín".
"Apelo para essa urgência e para o compromisso solidário da Europa que garantiu" na recente visita à Grande Canária a comissária Johansson, por forma a que não fique "nas palavras", pediu Torres.
O presidente do governo local recordou que advertiu, tanto Marlaska como Johansson, de que não se está "no momento da planificação", mas das reações, face a um surto migratório cujas circunstâncias são agravadas pela pandemia de covid-19, o que implica "respostas urgentes".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com