A violência que tomou conta do México há quase duas décadas foi mais uma vez demonstrada com toda a sua dureza, esta semana, na capital do país. Duas crianças, de 12 e 14 anos, que desapareceram no dia 27 de outubro, foram encontradas desmembradas na Cidade do México.
Conta o El País que as autoridades encontraram os restos mortais dos menores num carrinho de transporte de carga que um homem levava pelas ruas do centro da cidade mexicana, no dia 1 de novembro.
Agentes da autoridade contam que se aproximaram do homem, depois de este ter deixado cair vários sacos ao chão. Quando se disponibilizaram para ajudar, estranharam a quantidade de carne que este tinha nos sacos, bem como o nervosismo apresentado pelo mesmo.
Apesar de, até ao momento, não terem sido fornecidos grandes detalhes sobre o caso, de acordo com a Chefe do Governo da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, os meninos foram assassinados no âmbito de ajustes de contas relacionados com “tráfico de drogas”.
As crianças assassinadas chamavam-se Héctor e Alan, pertenciam à comunidade indígena de Mazahua, e a última vez que foram vistas foi na esquina das ruas Allende e Donceles, perto do Zócalo.
Héctor e Alan© Reprodução Stereo Romance
Tal como salienta o El País, não está claro quem é que os raptou e porquê e se o homem que transportava os restos mortais está envolvido no crime. Contudo, de acordo com alguns jornais locais, os meninos foram transportados por um homem, de mota, e o desaparecimento das mesmos estará relacionado com as disputas entre dois grupos rivais de traficantes: o União Tepito e a Força Anti-Sindical.
Segundo o jornalista Héctor de Mauleón, as crianças trabalhavam para um membro da Força Sindical, que foi assassinado na véspera do desaparecimento destas.
