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Relações transatlânticas teriam "novo ímpeto" com Biden

O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu (PE), David McAllister, afirmou hoje que, caso Joe Biden seja eleito Presidente dos EUA "haverá um novo ímpeto nas relações transatlânticas".

Relações transatlânticas teriam "novo ímpeto" com Biden
Notícias ao Minuto

13:38 - 05/11/20 por Lusa

Mundo Europa

Numa curta declaração vídeo, David McAllister sublinhou que haverá "muitos pontos em comum" com Joe Biden e que, "no estilo", as relações entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos "irão melhorar".

"Joe Biden é alguém que defende a confiança, a fiabilidade e a previsibilidade da política americana. Joe Biden é a favor da cooperação multilateral, (...) quer fortalecer e reformar as organizações internacionais, e não enfraquece-las e destruí-las. Portanto, teremos muitos pontos em comum", sublinhou McAllister.

No entanto, o eurodeputado sublinhou que, ainda assim, as relações transatlânticas "manter-se-ão desafiantes".

"No que toca ao comércio, ou à segurança e à defesa, não iremos sempre concordar, mas penso que haverá um novo ímpeto nas relações transatlânticas", apontou McAllister.

Referindo que as relações entre os dois blocos "são cruciais" para a UE e que nenhum país no mundo, "exceto o Canadá", é tão próximo "politicamente, economicamente e culturalmente dos Estados-membros da UE" como os Estados Unidos, McAllister frisou também que, durante a presidência de Donald Trump, as relações foram submetidas "a uma prova de esforço".

"Caso Trump vença, acho que iremos ver o mesmo tipo de comportamento que temos visto desde 2017. Sabemos o que podemos esperar do Sr. Trump e também sabemos o que não podemos esperar dele", frisou o eurodeputado.

McAllister criticou ainda a atitude do atual Presidente norte-americano, Donald Trump - que pediu para parar a contagem dos votos e declarou ter ganho o escrutínio - referindo que se trata de uma atitude "sem precedentes".

"O que o Presidente americano fez não tem precedentes, não se pode privar os cidadãos americanos do direito de votar, não se pode declarar-se vencedor de uma eleição quando a contagem dos votos ainda está em andamento", afirmou McAllister.

Sublinhou ainda que "qualquer esforço para minar a integridade das eleições democráticas está a prejudicar gravemente o clima social e político", apelando à "responsabilidade de todos os intervenientes".

McAllister pediu também "paciência" até que "todos os votos sejam contados" -- frisando que "todos os votos têm de ser contados" -- e afirmou estar "plenamente" confiante na "forte democracia" norte-americana.

"O mais importante, no final, é que todas as partes aceitem os resultados e que não haja mais turbulências", referiu o eurodeputado.

Dois dias depois das eleições, nenhum dos candidatos conseguiu ainda os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para assegurar a entrada na Casa Branca, mas segundo as projeções Biden leva vantagem, com 264 votos de Colégio Eleitoral contra 214 de Donald Trump.

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