A votação iniciou-se pelas 07:00 locais, uma hora antes face ao habitual, conforme previsto no plano de contingência da covid-19, embora a abertura de várias mesas de voto tenha sido feita com atraso, face ao programado, devido a questões logísticas.
Fonte da CNE contactada pela Lusa explicou que além desses atrasos pontuais na abertura das mesas de voto, a votação decorreu sem incidentes reportados até ao momento.
Os primeiros resultados oficiais, ainda provisórios, começam a ser divulgados a partir das 19:00 locais.
Para esta votação estavam inscritos 337.083 eleitores, distribuídos por 864 mesas de voto em todo o arquipélago, um aumento de 34.073 eleitores (+11%) face às eleições municipais anteriores, em 2016.
Nas eleições de hoje concorrem ao mandato de quatro anos 65 listas às assembleias municipais e 64 às câmaras municipais, das quais 53 de partidos políticos (de quatro partidos) e 12 de grupos de cidadãos, segundo dados da CNE.
Tal como previsto no plano de contingência da CNE e conforme a Lusa constatou numa ronda pela cidade da Praia, para "garantir a segurança e proteção individual" dos membros das designados para as mesas das assembleias de voto, foram disponibilizados equipamentos de proteção individual, como máscara cirúrgica, viseira e luvas, "sendo obrigatório o seu uso durante o ato eleitoral".
Os eleitores estavam obrigados à higienização das mãos à entrada de cada mesa de voto e as filas para votar obrigavam ao distanciamento social de, pelo menos, 1,5 metros.
As últimas autárquicas aconteceram em 04 de setembro de 2016, em que o Movimento para a Democracia (MpD) venceu com os seus próprios candidatos 18 das 22 câmaras municipais, mais cinco do que nas autárquicas de 2012, enquanto o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) ganhou duas e outras duas foram conquistadas por independentes.
O ciclo eleitoral que se iniciou este mês em Cabo Verde deverá prolongar-se por um ano, prevendo a realização de eleições legislativas em março e presidenciais no segundo semestre de 2021.