Sudão assina o seu primeiro acordo com Banco Mundial
O Sudão assinou hoje um acordo com o Banco Mundial, o primeiro entre o país e a organização, poucos dias depois de ter sido anunciada a sua retirada da lista de Estados que apoiam o terrorismo.
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Mundo Banco Mundial
De acordo com a ministra das Finanças do Sudão, Heba Mohamed Ali, o acordo, assinado na sede do Banco Mundial em Cartum, prevê a doação de 370 milhões de dólares (312 milhões de euros) ao país, dos quais 200 milhões de dólares (168 milhões de euros) provêm da própria instituição financeira, refere a agência noticiosa oficial sudanesa, Suna, citada pela espanhola Efe.
Os restantes 170 milhões de dólares (143 milhões de euros) são resultado de contribuições de parceiros europeus do país africano, como a União Europeia, Irlanda, Alemanha, Países Baixos e Grécia, acrescentou Ali.
A ministra assegurou que a doação "será utilizada para apoiar diretamente os cidadãos sudaneses, especialmente as famílias necessitadas, através do Programa de Apoio Familiar".
Do lado do Banco Mundial, o diretor regional da instituição para o Sudão, Sudão do Sul, Eritreia e Etiópia, Osman Diwan elogiou as medidas que permitiram ao país "ganhar apoio e admiração".
Para Diwan, a contribuição é "uma homenagem ao Governo sudanês pelo início de uma nova fase da democracia".
O acordo surge depois de o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, ter anunciado a retirada do Sudão da lista de Estados patrocinadores do terrorismo e poucas horas antes de o chefe de Estado norte-americano ter assinado uma ordem para o início da remoção do país desta lista.
A integração do Sudão nesta lista negra dos Estados Unidos, onde está desde 1993, quando foi acusado por Washington de ser cúmplice em vários ataques da Al-Qaida contra edifícios norte-americanos, impediu o acesso de Cartum a organismos financeiros internacionais e o seu relacionamento com bancos americanos e europeus.
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