Turquia rejeita "linguagem de ameaças" da UE relativamente a sanções

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia advertiu hoje a União Europeia (UE) de que "a linguagem das ameaças" não funciona, em resposta à reunião que decorreu em Bruxelas e na qual os líderes comunitários ponderaram sanções contra Ancara.

turquia bandeira NÃO USAR

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Lusa
16/10/2020 19:24 ‧ 16/10/2020 por Lusa

Mundo

Turquia

"Deveriam saber que a linguagem das ameaças contra a Turquia não funciona. Em vez de ameaçar a Turquia, esperamos que a UE faça propostas tangíveis e imparciais, que sirvam o benefício comum e estejam focadas numa solução", assinalou a tutela em comunicado, citado pela agência espanhola Efe.

O Conselho Europeu, reunido hoje em Bruxelas, decidiu "deplorar" as novas investidas da Turquia no Mediterrâneo Oriental, criticando as "ações unilaterais e provocações" de Ancara, que têm vindo a ser criticadas pela União Europeia.

"No que toca à situação no Mediterrâneo Oriental, deploramos as ações unilaterais e provocações da Turquia", declarou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Charles Michel falava aos jornalistas no final de uma cimeira europeia em Bruxelas, que hoje foi dedicada às matérias internacionais, entre as quais a relação da UE com a Turquia e as recentes ações de Ancara.

A Turquia anunciou na passada segunda-feira o envio do navio "Oruç Reis", que deverá ficar ao largo das ilhas gregas até à próxima semana, para procurar gás natural, isto depois de uma situação semelhante ter causado forte tensão diplomática e militar em agosto e setembro.

Numa cimeira anterior, no início do mês, a UE ameaçou Ancara com sanções se a Turquia não acabasse com as atividades de exploração energética nas águas reivindicadas por Chipre e pela Grécia.

A descoberta de grandes jazidas de gás natural nos últimos 10 anos junto às costas da ilha dividida de Chipre abriu novas perspetivas sobre o fornecimento de energia a partir desta região.

A Turquia, potência regional, foi excluída dos contratos de exploração dos recursos energéticos, reivindicados por oito países, da Líbia ao Egito e Israel.

O conflito com a Turquia envolve diretamente dois Estados-membros da UE, a Grécia e a República de Chipre, a parte sul da ilha dividida e reconhecida internacionalmente.

A iniciativa da Turquia, país que integra a Aliança Atlântica, tem vindo a aumentar as tensões políticas entre Ancara e a UE, nos últimos meses, porque Atenas considera a presença dos navios turcos na região uma ameaça à integridade territorial do país.

 

 

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