Numa conversa telefónica, os dois líderes concordaram sobre "a necessidade urgente de esforços de solidariedade para acabar com o derramamento de sangue o mais rápido possível e garantir uma transição para uma solução pacífica" do conflito entre o Azerbaijão e os separatistas apoiados pela Arménia.
De acordo com a Presidência russa, "as duas partes confirmaram a necessidade de se respeitar a trégua humanitária" concluída a 10 de outubro em Moscovo, embora os combates continuem desde então.
"Foi igualmente expressa a esperança de que a Turquia, na qualidade de membro do Grupo de Minsk, da Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE), dê uma contribuição construtiva para a redução da escalada", segundo o Kremlin.
O Grupo de Minsk, copresidido pela França, Rússia e Estados Unidos, tem sido o principal mediador do conflito desde há quase 30 anos.
Além do Azerbaijão e a Arménia, tem também a Turquia, Alemanha, Itália, Suécia e Bielorrússia como membros permanentes, mas nunca conseguiu encontrar uma solução duradoura para o conflito.
De acordo com a Presidência turca, Erdogan disse a Putin que "a Turquia é a favor de uma solução permanente em Nagorno-Karabakh" e acusou a Arménia de "tornar permanente a sua ocupação" dessa região separatista.
As tropas de Baku e os separatistas combatem desde setembro na região montanhosa do Nagorno-Karabakh sendo que até ao momento morreram 600 pessoas admitindo-se que o balanço de vítimas pode ser mais elevado.
O conflito no território do Nagorno-Karabakh habitado maioritariamente por arménios já fez pelo menos 30 mil mortos desde a queda da União Soviética, em 1989.
Baku acusa a Arménia de ocupação do território e os confrontos são regulares.
Os combates em curso são os mais graves desde 1994.