Quando a maratona de Chicago foi cancelada no âmbito da pandemia de Covid-19, a Irmã Stephanie Baliga decidiu calçar os ténis na mesma e correr os 42.195 quilómetros na cave do convento. Com recurso a uma passadeira, fez o percurso na mesma para angariar dinheiro para os mais pobres.
Inicialmente pretendia correr sozinha, começar de madrugada, mas uma amiga convenceu-a de que aquilo que ia fazer não era normal e que, por isso, devia deixar as pessoas saberem o que ia fazer. Assim, a sua corrida de dia 23 de outubro foi transmitida em direto no Zoom e publicada no Youtube. Nesse dia em vez das vestes, a freira, de 32 anos, usou roupa desportiva e uma bandeira dos Estados Unidos na cabeça.
As grandes multidões da maratona de Chicago - que ouviu durante a corrida nos últimos 9 anos - foram substituídas por amigos, membros do clero e familiares que apareciam no ecrã à sua frente para a animar. "Fiquei mesmo honrada pelo apoio extraordinário que tanta gente me deu ao longo deste percurso", revelou Stephanie.
A última meia hora do percurso foi a que custou mais, mas acabou por ter uma ajuda inesperada. A vencedora da medalha olímpica de bronze de 2004, Deena Kastor, entrou na chamada para lhe dar força. "É a minha heroína de infância, foi brutal", confessou a Irmã.
A maratona na passadeira - que durou 3 horas e 33 minutos - conseguiu angariar mais de 130 mil dólares (109 mil euros) para os mais necessitados e submeteu a sua performance para o Guinness World of Records.
Veja um pouco de como foi, na galeria acima.