A reunião, referiu a agência noticiosa Efe, decorre em Morelia, capital do estado de Michoacán (centro oeste do México) um dia após os grupos de autodefesa terem assumido o controlo da localidade de Nueva Italia na sequência de mais de duas horas de confrontos com supostos membros do cartel Os Cavaleiros Templários.
Este grupo do crime organizado domina uma vasta região de Michoacán, em particular na 'Terra Caliente', onde em 2013 surgiram grupos de civis armados para defender as suas comunidades dos "templários", apesar das acusações de serem financiados por um cartel rival.
Os grupos de autodefesa já controlam 15 municípios do estado e há dez dias que prosseguem o seu avanço em todo o território, um fenómeno que alarmou as autoridades e a população.
Vários municípios, caso de Uruapan, estão em estado de alerta devido à possível chegada à região destas milícias armadas.
O porta-voz das milícias de autodefesa do município de Tepalcatepec, Estanislao Beltrán, referiu hoje, citado pela agência noticiosa Efe, que apenas estão dispostos a dialogar com o governo federal após a captura dos principais chefes de Os Cavaleiros Templários.
Os grupos de autodefesa estão a tentar expandir a sua influência e reduzir ao mínimo a presença de Os Cavaleiros Templários, que responderam com a destruição de lojas, veículos e edifícios oficiais.
O cartel Os Cavaleiros Templários surgiu em dezembro de 2010 após uma cisão no cartel A Família Michoacana, e desde então tem aumentado o poder na região.
Para além do tráfico de drogas em direção aos Estados Unidos, é acusado de extorsão, sequestros e homicídios.
Os seus chefes foram identificados como Nazario Moreno González, supostamente abatido pela polícia em 2010 mas cujo cadáver nunca apareceu; Dionisio Loya Plancarte "El Tío"; Enrique Plancarte Solís, "El Kike", e Servando Gómez Martínez, "La Tuta".