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EUA pede aos países do sudeste asiático que ajam contra abusos da China

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, apelou hoje aos países do sudeste asiático que vão além das palavras e ajam contra os "abusos" da China no Mar do Sul da China, prometendo apoio dos Estados Unidos.

EUA pede aos países do sudeste asiático que ajam contra abusos da China
Notícias ao Minuto

08:39 - 10/09/20 por Lusa

Mundo Mike Pompeo

Durante uma videoconferência, Pompeo deixou um apelo aos homólogos das nações que integram a Associação das Nações do Sudeste Asiático: "Não deixem o Partido Comunista Chinês espezinhar os nossos povos".

"Devem ter confiança e os americanos estarão aqui para vos ajudar", acrescentou.

As disputas pela soberania do Mar do Sul da China, uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo, são cada vez mais fonte de tensão entre Pequim e Washington e os países do sudeste asiático.

Pequim reivindica a soberania sobre a quase totalidade do mar, que é também disputado pelo Vietname, Filipinas, Malásia e Brunei.

"Persistam, e não falem apenas, mas ajam também", disse Pompeo aos principais diplomatas do bloco de 10 nações, sem dar mais detalhes.

Embora os Estados Unidos não reivindiquem o Mar do Sul da China, o Governo de Donald Trump impôs recentemente sanções às autoridades chinesas responsáveis pelo aumento da presença militar chinesa no território.

Isto inclui as empresas envolvidas na construção de ilhas artificiais, onde Pequim instalou aeródromos, radares ou plataformas para lançamento de mísseis, aumentando os receios de que a China poderá interferir na liberdade de navegação em águas internacionais.

A China "não respeita os valores democráticos e os princípios de soberania e integridade territorial consagrados na Carta da ASEAN [Associação das Nações do Sudeste Asiático]", disse Pompeo.

Os EUA enviaram já navios de guerra, caças e porta-aviões para a região.

A China insiste que tem o direito de salvaguardar os seus interesses nacionais e acusa Washington de interferir nos assuntos regionais.

O ministro vietnamita dos Negócios Estrangeiros, Pham Binh Minh, apoiou as declarações de Pompeo, dizendo que o relacionamento entre a "ASEAN e os EUA trouxe benefícios mútuos para ambos os lados".

"O papel e a contribuição dos EUA para a manutenção da paz, estabilidade e segurança na região são apoiados", disse.

A ASEAN, fundada em 1967, tem tentado manter distância face à rivalidade crescente entre Washington e Pequim, e frequentemente afirma a sua "centralidade" e liderança regional, embora alguns críticos considerem o grupo vulnerável ao domínio das potências mundiais.

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