Turquia quer que gregos apoiem iniciativa da NATO para Mediterrâneo
A Turquia expressou hoje esperança de que a Grécia apoie a iniciativa promovida pela NATO de diálogo entre os dois vizinhos, mas a Grécia refutou as declarações feitas pela Aliança Atlântica sobre tal resolução.
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Mundo NATO
"Esperamos que a Grécia apoie a iniciativa do secretário-geral da NATO", referiu num comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco.
Estas declarações referem-se ao anúncio feito na quinta-feira pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, de que a Turquia e a Grécia concordaram em entrar em "conversações técnicas" para "estabelecer mecanismos" para reduzir o risco de incidentes militares no Mediterrâneo oriental.
A iniciativa, de acordo com Stoltenberg, "tem o apoio da Turquia" e reiterou que aquele país está disposto a entrar em diálogo com a Grécia "sem condições prévias".
O Governo grego refutou na quinta-feira as declarações de Stoltenberg e advertiu que a proposta "não corresponde à realidade".
Hoje, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, disse que a Turquia deve parar com as "ameaças" para que as negociações comecem e seja possível reduzir as tensões entre Ancara e Atenas.
"Vamos deixar de lado as ameaças, para que os contactos possam ser estabelecidos", disse o chefe do Executivo grego durante uma visita a Atenas de um alto funcionário do Partido Comunista Chinês.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Nikos Dendias, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, devem discutir as "atividades ilegais" da Turquia na sexta-feira, acrescentou o primeiro-ministro.
Desde 10 de agosto, Ancara deslocou o seu navio Oruç Reis e uma escolta de navios de guerra turcos para realizar explorações ao largo da ilha grega de Kastellorizo, a dois quilómetros da costa turca, num área rica em petróleo.
Navios turca estão a operar no mar entre Chipre e Creta em áreas que a Turquia afirma ser uma zona económica exclusiva (ZEE), mas que se sobrepõem às ZEE declaradas da Grécia e Chipre.
Durante o mês de agosto, houve confrontos entre navios militares turcos e gregos devido à atividade turca, que a União Europeia qualificou de "ilegal".
A União Europeia já ameaçou a Turquia com novas sanções se não houver progressos no diálogo com Atenas sobre a crise no Mediterrâneo.
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