Sudão do Sul suspende desarmamento da população

O Exército do Sudão do Sul decidiu suspender a campanha de desarmamento da população civil no estado ocidental de Warrap, 10 dias depois da morte de 148 pessoas em confrontos com as forças de segurança.

sudao do sul mapa

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Lusa
19/08/2020 19:13 ‧ 19/08/2020 por Lusa

Mundo

Sudão do Sul

 

De acordo com o porta-voz militar do Sudão do Sul, Lul Ruai Koang, os confrontos na localidade de Tonj "afetaram em grande medida o processo de recuperação das armas dos cidadãos", pelo que foi decidido suspender o processo.

A suspensão, disse Koang, citado pela agência de notícias espanhola Efe, deverá estar em vigor durante um curto período de tempo.

Muitos dos civis de Tonj têm armas para proteger o seu gado de assaltos à mão armada por parte de comunidades vizinhas, assim como para proteger as suas famílias, argumentando que as autoridades não garantem a segurança necessária.

Um aumento dos roubos e ataques armados na região levou as forças de segurança a iniciarem uma campanha de apreensão de armas.

No final de maio, cerca de 250 pessoas foram mortas e 300 ficaram feridas em confrontos entre duas tribos no estado de Jonglei, no nordeste do Sudão do Sul, segundo o porta-voz da principal força armada da oposição, o ministro das Águas, Manawa Peter Garkouth.

O Sudão do Sul, com maioria de população cristã, obteve a sua independência ao separar-se do Norte árabe e muçulmano em 2011. No entanto, a partir do final de 2013, o país entrou num conflito civil, provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.

As partes formaram um Governo de unidade nacional em 2016, que caiu poucos meses após a criação devido a um reinício da violência, tendo essa sido a primeira tentativa de pacificação do jovem país africano.

Em fevereiro, Kiir e Machar oficializaram uma reconciliação, estabelecendo um Governo conjunto.

 

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