Uigures. Pequim sanciona um diplomata e três deputados norte-americanos

A China tomou hoje medidas de represália contra três deputados norte-americanos e um alto responsável do Departamento de Estado em resposta às sanções de Washington relativas à situação dos uigures em Xinjiang.

China protesto uigures

© Reuters

Lusa
13/07/2020 10:22 ‧ 13/07/2020 por Lusa

Mundo

Uigures

Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira que recusariam vistos a três altos responsáveis chineses acusados de terem orquestrado a repressão contra muçulmanos uigures naquela vasta região do noroeste chinês.

Em represália, Pequim decidiu sancionar três deputados republicanos entre os mais críticos do regime chinês, anunciou à imprensa a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.

Trata-se dos senadores Marco Rubio e Ted Cruz e do deputado da Câmara dos Representantes Chris Smith.

Além deles, também é sancionado o responsável do Departamento de Estado responsável pela liberdade religiosa, Sam Browback, que tem o título de embaixador, adiantou Hua.

A porta-voz não especificou em que consistiam as sanções.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, contudo, tinha evocado a semana passada "medidas de reciprocidade", o que poderá indicar que Pequim passará a recusar qualquer pedido de visto dos quatro norte-americanos.

"Apelamos aos Estados Unidos para reverem imediatamente a sua má decisão e a interromperem todo o discurso e ação que constitua uma ingerência nos assuntos da China e prejudique os interesses chineses", declarou Hua.

Washington, assim como especialistas e organizações de defesa dos direitos humanos, acusam Pequim de ter internado até um milhão de muçulmanos, principalmente da etnia uigur, em campos em Xinjiang em nome da luta contra o terrorismo.

A China desmente o número e afirma que as pessoas são levadas para centros de formação profissional para as ajudar a encontrar um emprego e afastá-las da tentação do extremismo.

Nas sanções inéditas de Washington está incluído Chen Quanguo, principal responsável do Partido Comunista Chinês em Xinjiang e considerado o arquiteto da política de segurança de Pequim na região desde agosto de 2016.

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