"Pedimos insistentemente aos governos da China e de Hong Kong para reexaminarem a introdução desta legislação", declararam estes Estados, onde se incluem o Reino Unido, França, Alemanha e Japão.
A legislação hoje promulgada por Pequim permite punir atividades separatistas, "terroristas", subversão ou até interferência estrangeira em Hong Kong, palco de protestos violentos pró-democracia em 2019 e 2020.
Os crimes contra a segurança nacional são passíveis de prisão perpétua em Hong Kong, (região administrativa especial da China desde 1997) onde a justiça chinesa será a partir de agora competente para as infrações "mais graves", na sequência da nova lei adotada na capital chinesa.
A oposição em Hong Kong receia que esta legislação -- que também prevê a criação por Pequim de uma agência para a segurança nacional --, implique um recuo inédito das liberdades após o Reino Unido ter transferido para a China esta sua antiga colónia em 1997, garantindo na ocasião um estatuto de autonomia judicial e legislativa por 50 anos.