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UE cria ponte aérea e leva material para República Centro-Africana

A Comissão Europeia anunciou hoje a criação de uma ponte aérea humanitária para assegurar transporte de trabalhadores humanitários e equipamento para países mais vulneráveis, nomeadamente africanos, e começará por levar 40 toneladas de bens para a República Centro-Africana.

UE cria ponte aérea e leva material para República Centro-Africana
Notícias ao Minuto

12:00 - 08/05/20 por Lusa

Mundo Covid-19

No âmbito daquela que é a resposta da União Europeia (UE) à pandemia de covid-19, o executivo comunitário anunciou hoje a entrada em funcionamento desta ponte aérea humanitária, criada para "assegurar o transporte de trabalhadores humanitários e de equipamento de emergência para algumas das zonas mais críticas em todo o mundo".

O primeiro voo parte hoje de Lyon, em França, para Bangui, capital centro-africana, e levará 60 trabalhadores humanitários de várias organizações não-governamentais, bem como 13 toneladas de material humanitário.

Depois deste, seguem-se dois voos de carga nos dias seguintes também realizados em parceria com as autoridades franceses, nos quais será transportado um total de 27 toneladas de bens humanitários.

De acordo com a Comissão Europeia, na viagem de regresso, "os voos da ponte aérea trarão também cidadãos da UE e outros passageiros da República Centro-Africana, no quadro das operações de repatriamento", não sendo porém indicado o número de pessoas abrangidas.

Além da ajuda disponibilizada à República Centro-Africana, "estão a ser programados mais voos humanitários da UE para as próximas semanas, sendo dada prioridade aos países africanos onde a pandemia poderá agravar ainda mais as muitas crises humanitárias já existentes", destaca o executivo comunitário em nota de imprensa.

Nestes voos humanitários, os custos de transporte são pagos pela Comissão Europeia, cabendo aos países da UE adquirir o material humanitário.

Este dispositivo está, então, à disposição do pessoal humanitário das administrações nacionais, das organizações não-governamentais e das agências das Nações Unidas.

Neste primeiro voo, realizado para a República Centro-Africana, viaja também o comissário europeu da Gestão de Crises, Janez Lenarcic, que se vai reunir com o Presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, em Bangui.

Para o responsável europeu, "deixar zonas do mundo sem proteção hoje equivale a deixar todos sem proteção amanhã", pelo que esta nova ponte aérea humanitária servirá para "fazer chegar a ajuda a regiões onde o material escasseia devido às atuais dificuldades de transporte a nível mundial".

"Esta ponte aérea poderá ser uma tábua de salvação para algumas das comunidades mais vulneráveis do mundo", adianta Janez Lenarcic.

Desde 2014, a República Centro-Africana recebeu mais de 770 milhões de euros em ajuda humanitária da UE e dos seus Estados-membros.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 267 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Em África, o número de mortos devido à covid-19 subiu hoje para 2.074, com mais de 54 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (564 casos e dois mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), São Tomé e Príncipe (208 casos e cinco mortos), Cabo Verde (218 e duas mortes), Moçambique (81) e Angola (36 infetados e dois mortos).

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