Em Paris, a comemoração por ocasião do Dia Nacional das Memórias do Tráfico, da Escravidão e da sua Abolição será presidida pelo primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, numa pequena cerimónia, segundo a FME.
"Em tempos da flexibilização do confinamento, a história da escravidão tem lições a dar, nomeadamente sobre a resiliência e a invenção de um mundo futuro", referiu a Fundação, presidida pelo antigo primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayrault.
A comemoração do dia 10 de maio "é uma oportunidade de recordar o lugar que a escravidão colonial ocupa na nossa história nacional e comemorar o compromisso de todos aqueles que lutaram pela sua abolição nos territórios ultramarinos e em França, como parte integrante da Constituição da República", escreveu Edouard Philippe num comunicado endereçado aos autarcas franceses.
Philippe pediu às autoridades francesas que organizassem "as cerimónias comemorativas planeadas em cada departamento (...), respeitando as regras do distanciamento social" e fechadas ao público.
Outra comemoração está programada para 23 de maio, em Saint-Denis, nos subúrbios de Paris, para o Dia Nacional em Homenagem às Vítimas da Escravidão.
"A epidemia não nos deve impedir de lembrar, pensar e compartilhar", de acordo com a FME, referindo ainda que vários eventos estão programados para serem transmitidos pela organização pela Internet.
A França já registou 25.809 mortos, entre os mais de 174 mil casos de infetados pelo novo coronavírus no país.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.105 pessoas das 26.715 confirmadas como infetadas, e há 2.258 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.