Operação da Interpol apreende 19 mil peças de arte roubadas

Mais de uma centena de pessoas foram detidas e 19 mil objetos de arte roubados foram recuperados numa vasta operação internacional contra o tráfico de obras de arte e antiguidades que decorreu em 103 países, anunciou hoje a Interpol.

Detido em Espanha homem procurado pela Interpol por homicídio

© Reuters

Lusa
06/05/2020 13:58 ‧ 06/05/2020 por Lusa

Mundo

Tráfico

Entre os bens recuperados encontram-se moedas antigas, peças arqueológicas, objetos de cerâmica e armas de coleção.

"Alguns dos objetos tinham sido pilhados nos países atingidos por guerras, outros foram roubados em museus e locais de investigação arqueológica", refere um comunicado da organização de cooperação policial internacional com sede em Lyon, França, acrescentando que no âmbito das operações foram detidas 101 pessoas.

Utensílios e materiais utilizados pelos traficantes, como detetores de metais foram igualmente apreendidos.

Das buscas que originaram a abertura de 300 inquéritos judiciais destacam-se duas operações simultâneas que começaram no outono de 2019: a operação Athena II, dirigida pela Organização Mundial das Alfândegas (OMD, na sigla em francês) e a Interpol; e a operação Pandora IV, coordenada pela Europol e pela Guardia Civil espanhola em vários pontos da Europa.

Em Madrid foram encontrados "alguns objetos pré-colombianos extremamente raros" roubados em estações arqueológicas na Colômbia, nomeadamente uma máscara Tumaco em ouro que segundo os especialistas é uma peça única no género.

A Polícia Federal argentina recuperou 2.500 moedas antigas, tratando-se da maior apreensão de dinheiro antigo no contexto das operações que terminaram agora.

"A alfândega afegã apreendeu no aeroporto de Cabul 971 objetos relevantes para o património histórico afegão e que estavam a ser enviadas para Istambul, Turquia", diz o mesmo comunicado.

Kunio Mikuriya, secretário-geral da OMD explicou que 28% do material apreendido destinava-se a ser vendido através da Internet. 

"Não se trata de uma atividade exercida por homens elegantes, mas, pelo contrário, são atos de delinquência levados a cabo por redes criminosas internacionais", afirmou Catherine Bolle, diretora executiva da Europol.

 

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