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Covid-19: Haiti e Etiópia registam as primeiras mortes

O Haiti e a Etiópia registaram hoje os seus primeiros casos de morte devido ao novo coronavírus, na origem da covid-19, anunciaram os respetivos ministérios da Saúde, citados pela agência francesa de notícias, AFP.

Covid-19: Haiti e Etiópia registam as primeiras mortes
Notícias ao Minuto

20:25 - 05/04/20 por Lusa

Mundo Coronavírus

A primeira morte na Etiópia da doença causada pelo novo coronavírus, diz respeito a uma mulher de 60 anos, e foi anunciada hoje pela ministra da Saúde, Lia Tadesse.

"Lamento profundamente anunciar a primeira morte de um paciente com covid-19 na Etiópia", escreveu a ministra, na sua página oficial na rede social Twitter.

A vítima era uma etíope de 60 anos que passou seis dias em terapia intensiva.

O primeiro-ministro, Abiy Ahmed, também expressou as suas condolências, através do Twitter.

A Etiópia, um país do Corno de África com mais de 100 milhões de pessoas, confirmou o seu primeiro caso de covid-19, em 13 de março, e registou apenas oficialmente 43 casos desde então, principalmente pessoas que recentemente viajaram para o exterior.

O número de testes realizados permaneceu no entanto extremamente limitado.

Na sexta-feira, o país tinha realizado apenas 1.222 testes, segundo o Instituto Etíope de Saúde Pública.

As autoridades de saúde disseram no sábado que realizaram mais 647 exames, principalmente entre os profissionais de saúde e do setor de transportes, por suspeita de possíveis transmissões comunitárias na capital, Adis Abeba, e na cidade de Adama, na região de Oromia.

O país tem cerca de 23.000 equipamentos de teste, muitos dos quais doados em março pelo bilionário chinês Jack Ma.

No caso do Haiti, a vítima é um homem de 55 anos, que sofria de diabetes e tensão alta, disseram as autoridades de saúde deste país.

A vítima foi identificada entre os 21 casos de covid-19 oficialmente registados até o momento, em todo o território haitiano.

Neste país, demograficamente jovem, mais da metade dos pacientes diagnosticados tem menos de 45 anos, de acordo com a última avaliação, publicada no sábado à noite pelo Ministério da Saúde.

O Haiti completou apenas 218 testes desde a confirmação dos dois primeiros casos de covid-19, no país, ocorrida no passado dia 19 de março.

A fraca atividade do laboratório nacional e a ausência de informações sobre o modo de contaminação dos pacientes pressionam a comunidade médica nacional a criticar as autoridades na gestão da crise de saúde.

Desde o início da epidemia, o governo anunciou medidas drásticas para conter sua disseminação, mas a sua aplicação está longe de ser respeitada.

A proibição de qualquer reunião de 10 pessoas é violada diariamente, especialmente nos transportes públicos lotados da capital.

As possíveis medidas de contenção populacional, como as aplicadas em Itália e França, são difíceis de fazer no Haiti porque a grande maioria dos residentes depende diariamente da economia informal para sobreviver.

A alta densidade populacional em Porto Príncipe, a capital mais populosa do Caribe, com os seus três milhões de habitantes, também complica bastante a aplicação de qualquer medida de distanciamento social.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil.

Dos casos de infeção, mais de 233 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 642 mil infetados e mais de 47 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.887 óbitos em 128.948 casos confirmados até hoje.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera (+11%), e 11.278 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sexta-feira (+7,2%).

Dos infetados, 1.084 estão internados, 267 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 75 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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