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"Não temos dinheiro e precisamos de comer": Crise social no sul de Itália

Segundo a agência AFP, a polícia italiana está a sair à rua para proteger supermercados no sul de Itália.

"Não temos dinheiro e precisamos de comer": Crise social no sul de Itália
Notícias ao Minuto

15:37 - 29/03/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Covid-19

Itália, neste momento o epicentro da pandemia de Covid-19 na Europa, está a enfrentar diversos problemas de ordem sanitária, mas, segundo o relatado pela agência AFP, também prevê enfrentar graves distúrbios sociais se a crise de saúde pública continuar de forma tão acentuada a afetar o país.

Com a população de quarentena há mais de duas semanas, com relatos de dificuldades para pagar as suas contas e fazer face às necessidades mais imediatas, o governo e as autoridades temem agora uma escalada de rebelião social.

Segundo o relatado pela AFP, a polícia italiana estará já, na Sicília, à porta de supermercados, com o agentes armados com bastões e revólveres como forma de evitar 'roubos' como os reportados durante os últimos dias.

De acordo com este meio, nos últimos dias algumas pessoas terão ido aos supermercados locais e, ao chegar à fase de pagamento das suas compras, terão fugido do local sem pagar, alegando não terem dinheiro.

"Não temos dinheiro e precisamos de comer", terá gritado um dos 'assaltantes' para os empregados de uma superfície comercial da qual saiu sem pagar.

O jornal Corriere della Sera noticiou que os comerciantes locais estão a ser pressionados para oferecer alimentos à população, descrevendo esta publicação a situação vivida no sul de Itália como uma "bomba social" à espera de explodir. 

O ministro Guiseppe Provenzano, em declarações ao La Repubblica, diz temer que a situação se transforme numa crise de "raiva e ódio". "Tenho receio de que a preocupação partilhada por grande parte da população, relativamente à saúde, salários e o futuro, se transforme em raiva e ódio se a crise continuar", afirmou Provenzano.

Relembre-se que Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.023 mortos em 92.472 casos registados até sábado.

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