"O exército foi atacado por um grupo de elementos do grupo armado Ngudjolo", uma milícia com o nome do seu líder, afirmou o porta-voz deste ramo das Forças Armadas congolesas (FARDC), Jules Ngongo, citado pela agência France-Presse.
A mesma fonte refere que o líder rebelde Justin Ngudjolo "foi gravemente ferido" durante o combate e que os militares congoleses "estão a patrulhar a área até o encontrarem, vivo ou morto".
Segundo Ngongo, há registo de "dez mortes, dos quais sete são guardas" do chefe rebelde.
Durante a incursão, um soldado das FARDC ficou ferido.
Justin Ngudjolo é líder do grupo armado Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), que desde junho tem estado ativo no território de Djugu, província de Ituri.
Esta região, no norte de Ituri, tem sido palco frequente de violência desde o final de 2017.
Segundo as Nações Unidas, mais de 700 civis morreram num conflito digno de um "crime contra a humanidade".
Entre 1999 e 2003, estima-se que o conflito nesta região, rica em ouro e petróleo, tenha provocado a morte de dezenas de milhares de pessoas, levando à intervenção de uma força europeia.
O conflito opôs duas comunidades, os lendu, agricultores, e os hema, pastores e comerciantes, sendo o grupo armado Codeco é uma milícia favorável aos primeiros.
Segundo o relatório conjunto da Missão das Nações Unidas na RDCongo, a Monusco, e do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, uma das principais questões no atual conflito é o "controlo de terra pelos lendu".
Por outro lado, os hema são as principais vítimas deste conflito que ressurgiu em 2017.