Meteorologia

  • 29 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 11º MÁX 18º

Ronaldinho novamente detido no Paraguai por uso de passaporte adulterado

Um juiz paraguaio emitiu nova ordem de detenção ao antigo jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho e o Miniatério Público paraguaio pediu que fosse decretada prisão preventiva, na sequência da adulteração de passaportes e de falsificação de documentos.

Ronaldinho novamente detido no Paraguai por uso de passaporte adulterado
Notícias ao Minuto

06:13 - 07/03/20 por Lusa

Mundo Ronaldinho

Tanto Ronaldinho Gaúcho e o seu meu Ronaldo tinham sido anteriormente notificados que podiam regressar ao Brasil, pelo facto de terem colaborado com informação à investigação.

Só que, na sexta-feira, por um pedido do Ministério Público paraguaio, o juiz do processo, Mirko Valinotti, mudou de opinião e emitiu uma ordem de detenção. Ronaldinho Gaúcho, e o seu irmão Ronaldo foram levados à Agrupação Especializada da Polícia Nacional do Paraguai.

A ordem de detenção na noite desta sexta-feira foi um duro revés para os irmãos e implicou uma reviravolta na investigação sobre a adulteração de passaportes e de falsificação de documentos. A Polícia Nacional paraguaia deteve-os no hotel Sheraton de Assunção.

Na quinta-feira, o procurador do processo tinha livrado os irmãos de um indiciamento por terem colaborado com a investigação com informações relevantes para a causa.

Assim, Ronaldinho e o seu irmão deixaram a Procuradoria contra o Crime Organizado do Paraguai depois de deporem durante oito horas, explicando a razão de terem usado documentos falsos para entrar no país. A Polícia havia encontrado horas antes passaportes adulterados e documentos de identidade paraguaios falsos.

Os irmãos alegaram "terem sido enganados" e que receberam os documentos através do empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira. Este, por sua vez, argumentou ter recebido os documentos apócrifos de duas mulheres paraguaias a quem pertenceriam os passaportes, cujos nomes, posteriormente, foram adulterados para os nomes dos irmãos Assis Moreira. Já os documentos de identidade são totalmente falsos.

"Tanto Ronaldinho quanto o seu irmão nunca deram entrada em nenhuma gestão para obterem nacionalidade paraguaia", sublinhou o procurador Federico Delfino. Como os dois colaboraram com "dados relevantes para a investigação", deveriam ter uma "saída processual abreviada" para que o processo fosse encerrado sem necessidade de ir a julgamento, tinha apontado este procurador.

O juiz do processo, Mirko Valinotti, convalidou o entendimento e esclareceu que "Ronaldinho e o seu irmão não tinham nenhum impedimento para deixarem o país" e que "tinham pleno direito de liberdade" já que não havia nenhuma liminar interposta.

No entanto, no final da noite desta sexta-feira no Paraguai, já madrugada em Lisboa, o juiz mudou de opinião depois que a Procuradora Geral do Estado, Sandra Quiñónez, ter suspendido o entendimento do primeiro procurador, Federico Delfino. O juiz, então, emitiu uma ordem para impedir que o antigo jogador de futebol brasileiro deixasse o país com o seu irmão.

"A detenção veio por parte de uma procuradora que não tem participação no processo. Isso é estranho. Não sabemos de nada", disse o advogado de Ronaldinho, Adolfo Marín.

O Ministério Público publicou uma nota na qual indica que "A Procuradoria Geral emitiu uma ordem de prisão, indiciou o jogador Ronaldinho por 'uso de documento público com conteúdo falso' e solicita prisão preventiva. Os detidos serão enviados ao Grupo Especializado da Polícia Nacional".

"Ronaldinho tinha um voo reservado para sair do país na tarde desta sexta-feira, mas, como a declaração perante o juiz atrasou-se, teve de adiar a sua saída do país antes de ser detido", indicou o presidente da Direção Nacional de Aeronáutica Civil do Paraguai, Edgar Melgarejo.

O ex-craque da seleção brasileira chegou ao Paraguai na quarta-feira para participar na campanha social da Fundação Fraternidade Angelical que dá assistência médica a crianças desfavorecidas. Também viajou para lançar no mercado paraguaio o seu livro "Génio na vida" que conta a sua história.

Porém, ao passar pela migração no aeroporto, não apresentou o passaporte brasileiro nem o documento de identidade brasileiro, que é também um documento aceite pelas autoridades paraguaias. Apresentou sim um passaporte paraguaio que, depois alegou na Justiça, nunca ter solicitado. Foi detido horas depois no hotel, onde a Polícia encontrou os passaportes e documentos de identidade paraguaios.

O empresário acusado Wilmondes Sousa Lira e as duas paraguaias envolvidas com os passaportes, María Isabel Gayoso e Esperanza Apolonia Caballero, foram presos e indiciados por uso de documentos públicos de conteúdo falso, a mesma acusação agora contra Ronaldinho e seu irmão Roberto.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório