Israelita detida na Rússia não apresentou pedido necessário para indulto

O Presidente russo, Vladimir Putin, só poderá analisar, e eventualmente conceder, o perdão à mulher israelita detida na Rússia por acusações de tráfico depois de esta o solicitar, anunciou hoje um porta-voz do Kremlin.

Israelita detida na Rússia não apresentou pedido necessário para indulto

© Reuters

Lusa
24/01/2020 13:49 ‧ 24/01/2020 por Lusa

Mundo

Kremlin

Naama Issachar, de 26 anos, foi detida em abril, num aeroporto de Moscovo, após terem sido encontradas nove gramas de haxixe na sua bagagem, e posteriormente condenada a sete anos e meio de prisão, tendo a pena sido confirmada em dezembro.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, Issachar ainda não fez o pedido de indulto e a lei russa exige essa medida para que o perdão presidencial seja concedido.

Isso "atrasa a situação", sublinhou o porta-voz do Kremlin.

"Como pode (o Presidente) perdoá-la, se a jovem ainda não solicitou isso? Nesta situação, certas formalidades precisam de ser observadas", acrescentou Peskov aos jornalistas.

Líderes israelitas consideram a sentença excessiva e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, apelou a Putin para perdoar Naama Issachar.

Enquanto esteve em Israel para as cerimónias que assinalam o 75.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz, símbolo do Holocausto, Vladimir Putin encontrou-se na quinta-feira com a mãe de Issachar e indicou que "tudo ficará bem".

No início desta semana, meios de comunicação israelitas ligaram o possível perdão de Issacar à decisão de passar o controlo do pátio Alexander na Cidade Antiga de Jerusalém à Rússia.

Contudo, as autoridades russas negaram qualquer ligação.

O pátio Alexander, comprado pela Rússia em 1859, fica a alguns metros da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém.

Este pátio representa uma das várias propriedades de Jerusalém reivindicadas por Moscovo e a disputa sobre este tem sido motivo de atrito entre Israel e a Rússia.

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