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Novos ataques aéreos da Rússia provocam 23 mortos no noroeste da Síria

Pelo menos 23 civis, incluindo 13 crianças, foram hoje mortos em ataques da aviação russa no noroeste da Síria, último grande bastião de grupos rebeldes, refere um último balanço da Organização Síria dos Direitos Humanos (OSDH).

Novos ataques aéreos da Rússia provocam 23 mortos no noroeste da Síria
Notícias ao Minuto

19:20 - 21/01/20 por Lusa

Mundo Síria

Este balanço junta-se às dezenas de civis mortos desde o recomeço em dezembro dos ataques aéreos e combates na região de Idlib e arredores, fazendo recear um agravamento da crise humanitária.

Uma trégua anunciada em janeiro por Moscovo, aliado do regime sírio, e Ancara, que apoia diversos grupos rebeldes, permanece por cumprir.

Em represália aos ataques russos, a cidade de Alepo controlada pelas forças do regime de Bashar al-Assad e na fronteira dos territórios 'jihadistas' e rebeldes, foi atingida por granadas lança-foguetes provocando três mortos, segundo a agência oficial Sana.

A província de Alepo e diversas zonas das regiões vizinhas de Alepo são dominadas pelos 'jihadistas' do Hayat Tahrir al-Cham, o ex-ramo sírio da Al-Qaida.

A região, onde permanecem os grupos rebeldes enfraquecidos, escapa ao controlo do regime, cerca de nove anos após o início da guerra na Síria.

De acordo com o Comité internacional de Socorro, "mais cerca de 650.000 pessoas podem ser forçadas a fugir das suas casas caso persistam as violências" nesta região, onde habitam cerca de três milhões de pessoas.

A região de Idlib já foi palco de uma ofensiva de envergadura das forças sírias e do aliado russo entre abril e agosto de 2019, que segundo a OSDH provocou a morte de 1.000 civis e o deslocamento forçado de 400.000 pessoas, de acordo com a ONU.

No final de agosto, Moscovo anunciou um cessar-fogo que permanece sem efeito.

Desde o início de dezembro, perto de 350.000 pessoas fugiram de suas casas, em particular na província de Idlib, ainda segundo a ONU.

O poder sírio, que atualmente controla mais de 70% do país, tem manifestado por diversas vezes a determinação em reconquistar esta região.

O conflito na Síria, desencadeado em março de 2011 com a repressão de manifestações por Damasco, já provocou mais de 380.000 mortos, incluindo cerca de 115.000 civis, e milhões de deslocados e refugiados.

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