Este balanço junta-se às dezenas de civis mortos desde o recomeço em dezembro dos ataques aéreos e combates na região de Idlib e arredores, fazendo recear um agravamento da crise humanitária.
Uma trégua anunciada em janeiro por Moscovo, aliado do regime sírio, e Ancara, que apoia diversos grupos rebeldes, permanece por cumprir.
Em represália aos ataques russos, a cidade de Alepo controlada pelas forças do regime de Bashar al-Assad e na fronteira dos territórios 'jihadistas' e rebeldes, foi atingida por granadas lança-foguetes provocando três mortos, segundo a agência oficial Sana.
A província de Alepo e diversas zonas das regiões vizinhas de Alepo são dominadas pelos 'jihadistas' do Hayat Tahrir al-Cham, o ex-ramo sírio da Al-Qaida.
A região, onde permanecem os grupos rebeldes enfraquecidos, escapa ao controlo do regime, cerca de nove anos após o início da guerra na Síria.
De acordo com o Comité internacional de Socorro, "mais cerca de 650.000 pessoas podem ser forçadas a fugir das suas casas caso persistam as violências" nesta região, onde habitam cerca de três milhões de pessoas.
A região de Idlib já foi palco de uma ofensiva de envergadura das forças sírias e do aliado russo entre abril e agosto de 2019, que segundo a OSDH provocou a morte de 1.000 civis e o deslocamento forçado de 400.000 pessoas, de acordo com a ONU.
No final de agosto, Moscovo anunciou um cessar-fogo que permanece sem efeito.
Desde o início de dezembro, perto de 350.000 pessoas fugiram de suas casas, em particular na província de Idlib, ainda segundo a ONU.
O poder sírio, que atualmente controla mais de 70% do país, tem manifestado por diversas vezes a determinação em reconquistar esta região.
O conflito na Síria, desencadeado em março de 2011 com a repressão de manifestações por Damasco, já provocou mais de 380.000 mortos, incluindo cerca de 115.000 civis, e milhões de deslocados e refugiados.