Num discurso durante uma reunião de gabinete, o Presidente disse que é necessário "aceitar a responsabilidade e ser honesto" com a população que sofre com a catástrofe.
É também essencial, continuou Rohani, revisitar as leis e os sistemas de defesa aérea, entre outros, porque o derrube por engano no dia 8 de janeiro de um avião ucraniano foi "inaceitável e trágico".
Rohani referiu que no processo judicial para esclarecer todas as causas do incidente também devem estar envolvidas as Forças Armadas.
A Guarda Revolucionária iraniana assumiu que o avião foi confundido com um míssil de cruzeiro.
"Precisamos que as Forças Armadas mantenham a nossa segurança, precisamos fortalecê-las, mas é necessária mais coordenação e supervisão para garantir às pessoas e ao mundo que isso não acontecerá novamente", enfatizou.
O abate do UIA Boeing 737-800, que cobria a rota Teerão-Kiev, matou 176 passageiros e tripulantes, muitos deles iranianos, o que gerou uma onda de descontentamento popular.
Referindo-se aos protestos dos últimos dias, que apontaram suas críticas diretamente ao sistema islâmico do país, Rohani aceitou que a população estivesse "zangada".
Portanto, o Presidente iraniano pediu "unidade nacional" e que se evite olhar "de modo partidário" a morte dos ocupantes do avião e o recente assassínio do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque dos Estados Unidos a Bagdad a 03 de janeiro.
Ambos foram "grandes perdas para toda a nação", disse ainda Rohani.