Pedro Sánchez, vencedor sem maioria das eleições e que o Rei convidou para formar Governo, começará por apresentar o seu programa de Governo logo às 09h (08h em Lisboa), ao que se deverá seguir uma pausa de cerca de uma hora e meia a duas horas.
Esta pausa servirá para a oposição estudar o discurso de Sánchez e, no final, terão início os discursos dos outros partidos, começando com o PP, através do seu líder, Pablo Casado.
Depois, a sequência dos grupos parlamentares que irão intervir no debate seguirá a regra da maior representação: Vox, Unidas Podemos, Grupo Plural, ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), Ciudadanos, PNV (Partido Nacionalista Basco), EH Bildu e Mixto.
O tempo de intervenção inicial será de 30 minutos e as réplicas serão 10, podendo o candidato tomar a palavra para responder aos seus opositores um a um ou fazê-lo globalmente quando os discursos terminarem.
O debate deverá ser longo, já que, além disto, há 10 grupos parlamentares, o número mais alto desde 1979.
Depois do debate, a primeira votação acontece a 5 de janeiro, ou seja, no domingo. Apesar de ainda não ter sido determinada a hora, a intenção é que não coincida com as cerimónias do Dia de Reis, que incluem troca de prendas e reuniões familiares.
Caso Sánchez não consiga atingir os 176 votos "sim" necessários para a sua investidura, uma segunda votação será realizada 48 horas depois, a 7 de janeiro.
Os acordos com o PNV, que tem seis deputados, e a ERC, para a abstenção dos seus 13 deputados no parlamento, deverá permitir que os socialistas do primeiro-ministro interino Pedro Sánchez e o partido Unidos Podemos consigam formar um Governo de coligação após meses de impasse político no país.
Na consulta eleitoral de 10 de novembro, o PSOE teve 28,0% dos votos (120 deputados), seguidos pelo PP (direita) com 20,8% (89), o Vox (extrema-direita) com 15,1% (52), o Unidas Podemos com 12,8% (35), e o Cidadãos (direita liberal) com 6,8% (10), ERC com 3,6 (13), com os restantes votos divididos por outros partidos regionais.