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Evangélicos pedem destituição e Trump ataca publicação

Uma das principais revistas evangélicas norte-americanas, Christianity Today, defende no seu último editorial a destituição do Presidente Donald Trump, considerando-o "moralmente perdido" e este acusa a publicação de ser de extrema-esquerda.

Evangélicos pedem destituição e Trump ataca publicação
Notícias ao Minuto

15:26 - 20/12/19 por Lusa

Mundo Impeachment

A revista sublinha no seu texto, publicado na quinta-feira, que geralmente não aborda questões políticas, mas revela que abriu uma exceção neste caso.

"Às vezes sentimos que precisamos de ser claros nas nossas opiniões em assuntos políticos" e, acrescenta, "os factos neste caso são inequívocos".

"O Presidente dos Estados Unidos tentou usar o seu poder político para forçar um líder estrangeiro (o homólogo da Ucrânia) a perseguir e desacreditar" um dos seus adversários políticos, Joe Biden, ex-vice-Presidente de Barack Obama.

"Não é apenas uma violação da Constituição. O que é mais grave aqui, é ser profundamente imoral", escreveu a Christianity Today.

Donald Trump, que goza de sólida popularidade entre os cristãos evangélicos caucasianos (embora a sua classificação tenha caído de 81% em 2016 para menos de 70% hoje), respondeu hoje de manhã à publicação.

"Nenhum Presidente fez mais pela comunidade evangélica e nenhum sequer chegou perto", escreveu Trump na rede social Twitter, classificando a publicação como sendo uma "revista de extrema-esquerda" ou "muito progressista", garantindo que não pretende voltar a lê-la.

Segundo o editorial do Christianity Today, Donald Trump "reconheceu ações imorais nos negócios e no seu relacionamento com as mulheres, das quais se orgulha".

Só no Twitter, "com a sua série habitual de desinformação, mentiras e calúnias, é um exemplo quase perfeito de um ser humano moralmente perdido e confuso", destaca a publicação.

Para a Christianity Today, as audiências na Câmara de Representantes que levaram à destituição de Trump -- que terá ainda de ser julgada pelo Senado -, "destacaram as falhas morais do Presidente, à vista de todos".

"Os apoiantes evangélicos de Trump evocam as nomeações que fez para o Supremo Tribunal (juízes conservadores), a sua defesa da liberdade religiosa e a sua administração da economia, entre outras coisas (...) para justificar o seu apoio ao Presidente", afirmou o editorial.

"Acreditamos que as audiências (na Câmara de Representantes) deixaram absolutamente claro ... que o Presidente Trump abusou da sua autoridade para obter ganhos pessoais e traiu o seu juramento constitucional", acusou a revista.

O presidente Donald Trump referiu, ainda no Twitter, que a revista "nada sabe sobre a leitura de uma transcrição perfeita de um telefonema de rotina", em referência à ligação de julho ao Presidente da Ucrânia que levou ao seu processo de destituição.

A Câmara de Representantes dos EUA votou favoravelmente na passada quarta-feira a destituição de Trump, que se tornará efetiva somente depois de o Senado o julgar e aprovar as acusações, por dois terços.

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