A Presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou a revogação do decreto, que foi amplamente questionado por organizações internacionais de direitos humanos e no próprio país.
No poder desde 2006, Evo Morales, o primeiro Presidente indígena da Bolívia, foi declarado vencedor para um quarto mandato consecutivo nas eleições de 20 de outubro, escrutínio que seria marcado por denúncias de fraude por parte da oposição boliviana.
Morales acabaria por renunciar ao cargo em 10 de novembro, após três semanas de protestos contra a sua reeleição liderados pela oposição e depois de ter perdido o apoio do exército e da polícia.
O ex-Presidente boliviano, que denunciou que a proclamação da senadora Jeanine Añez como Presidente interina foi um "golpe de Estado", seguiria depois para o México, onde permanece exilado.
Desde a demissão de Evo Morales, os apoiantes do ex-Presidente têm protestado diariamente nas ruas de La Paz e em algumas cidades das zonas rurais do país.
Os protestos na Bolívia fizeram até à data 34 mortos.