Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

Turquia acusa da UE de "proteger terroristas" após críticas de Bruxelas

A Turquia rejeitou hoje as críticas da União Europeia (UE) sobre a sua ofensiva na Síria contra uma milícia curda ao detetar uma "abordagem que protege os terroristas".

Turquia acusa da UE de "proteger terroristas" após críticas de Bruxelas
Notícias ao Minuto

19:23 - 14/10/19 por Lusa

Mundo Síria

"O facto de a UE adotar uma abordagem que protege os elementos terroristas é inaceitável", considerou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, ao acrescentar que "condena e rejeita em bloco" as críticas de Bruxelas.

"Devido a esta atitude ilegal e deformada, vamos seriamente rever a nossa cooperação com a UE em certos domínios", acrescentou sem mais precisões.

Após uma reunião no Luxemburgo, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da UE adotaram uma declaração que critica a ofensiva de Ancara na Síria, e ainda as prospeções ilegais realizadas por navios turcos ao largo de Chipre.

"A UE condena a ação militar da Turquia que compromete gravemente a estabilidade e segurança do conjunto da região", indica a declaração dos ministros.

Em simultâneo, a Turquia enviou uma carta ao Conselho de Segurança da ONU onde justifica a sua operação no nordeste sírio como um "direito à autodefesa" no âmbito da Carta da ONU.

Na missiva, Ancara sustenta que está a contrariar "uma ameaça terrorista iminente" e a garantir a segurança das suas fronteiras dos curdos sírios das Unidades de Proteção Popular (YPG).

Na semana passada, a Turquia desencadeou uma incursão militar no nordeste da Síria contra as YPG, que se destacou desde 2014 no combate aos grupos 'jihadistas' -- com apoio norte-americano, que entretanto abandonou a região -- mas considerado "terrorista" por Ancara.

No seu comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco qualificou de "absolutamente inaceitável" que as prospeções realizadas por Ancara ao largo de Chipre sejam consideradas "ilegais" pela UE.

A descoberta de importantes jazidas de hidrocarbonetos ao largo de Chipre, uma ilha dividida desde 1974, aguçou o apetite dos países do Mediterrâneo oriental e suscitou um regresso da tensão.

Chipre está dividida desde a invasão da parte norte da ilha pelo exército turco em 1974, após um fracassado golpe de Estado que pretendia a união da ilha à Grécia.

A República de Chipre, membro da UE desde 2004, apenas exerce a sua autoridade nos dois terços da ilha (na parte sul) onde habitam os cipriotas gregos. A norte permanece a autoproclamada República Turca de Chipre do Norte (RTCN), apoiada por Ancara e não reconhecida pelas instâncias internacionais.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório