'El Chapo' asiático, o narcotraficante com lucros de 16 mil milhões

Tse Chi Lop é o homem mais procurado da Ásia. Ao contrário de 'El Chapo' e de Pablo Escobar, prima por uma maior discrição.

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Fábio Nunes
14/10/2019 19:10 ‧ 14/10/2019 por Fábio Nunes

Mundo

Crime

A região da Ásia-Pacífico tem sido inundada por metanfetaminas, fornecidas, principalmente, por uma vasta rede de tráfico de droga. Essa rede é composta por uma aliança de cinco tríades, um sindicato do crime conhecido entre os seus membros como 'A Empresa'.

De acordo com a Reuters, à frente desta organização está um homem que suscita comparações a alguns dos narcotraficantes mais lendários da América Latina, como são os casos de Pablo Escobar e de Joaquin 'El Chapo' Guzmán.

Chama-se Tse Chi Lop, tem 55 anos e nacionalidade canadiana, embora tenha nascido na China. O United Nations Office on Drugs and Crime afirma que o sindicato que lidera, o Sam Gor - como a polícia se refere à organização - tem receitas anuais de oito mil milhões de dólares (7,2 mil milhões de euros) com o tráfico de metanfetaminas.

Uma estimativa que a agência das Nações Unidas considera ser conservadora, apontando para receitas que podem chegar aos 17,7 mil milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros). 

A agência acredita que o cartel tem uma fatia entre os 40% a 70% do mercado de metanfetaminas na região Ásia-Pacífico, um mercado que quadriplicou no espaço de cinco anos.

Essa explosão na produção de metanfetaminas levou à criação de uma força de investigação que envolve 20 agências da Ásia, América do Norte e Europa. A Operação Kungur é o maior esforço alguma vez feito para combater um sindicato asiático de narcotráfico, e o principal alvo desta operação é Tse Chi Lop. 

No entanto, as comparações com Escobar e 'El Chapo' (em termos de dimensão da rede que controla e da sua riqueza) não encontram paralelo no perfil de Tse Chi Lop e no perfil do sindicato que lidera. 

O narcotraficante colombiano e o antigo líder do cartel de Sinaloa eram conhecidos pela sua extravagância e por atos de grande violência. Embora dado a alguns episódios de extravagância - sabe-se que um dia perdeu 60 milhões de euros a jogar num dos casinos de Macau -, Tse Chi Lop é mais discreto e pouco se sabe sobre a sua vida pessoal e profissional. 

As autoridades descrevem o sindicato Sam Gor como sendo extremamente rico, disciplinado e sofisticado, em muitos aspetos bastante mais sofisticado do que os cartéis da droga da América Latina. Além disso, tem uma colaboração mais diversificada com outras organizações criminosas.

Por agora, Tse Chi Lop permanece livre e o seu legado continua a crescer. 

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