Candidato tunisino nega "acordo prévio" para libertação da prisão
Nabil Karoui, um dos dois finalistas às presidenciais tunisinas, libertado na quarta-feira a quatro dias da segunda volta, assegurou hoje que não existiu "qualquer acordo" prévio à sua libertação.
© Reuters
Mundo Tunísia
"Ontem [quarta-feira] foi a justiça que me libertou, a justiça independente (...). Não houve qualquer acordo", disse Karoui frente à sede do seu partido. Este empresário, perseguido por branqueamento de dinheiro e fraude fiscal, estava detido desde finais de agosto e considerou a sua prisão uma "decisão política".
Nabil Karoui dispõe agora de dois dias para se bater com o seu rival, Kais Saied, um académico independente que venceu a primeira volta em 15 de setembro com 18,4% dos votos, contra 15,58% para a sua candidatura. Foi libertado na noite de quarta-feira da prisão de Mornaguia, perto de Tunes, na sequência de um recurso judicial.
O fundador da cadeia televisiva Nessma TV, que permanece indiciado, foi saudado por cerca de 200 apoiantes antes de regressar a sua casa. Devido à prisão preventiva do seu rival, o universiário Saied, que propõe uma nova revolução através do direito, decidiu prescindir de fazer campanha nos últimos dias.
Os observadores europeus lamentaram uma "campanha do silêncio" na qual "um não pode fazer campanha e outro não quer".
A segunda volta das presidenciais foi precedida por eleições legislativas em 06 de outubro, que voltou a complicar a paisagem política, com um novo parlamento dominado pelo partido de inspiração islamita Ennahdha, mas pulverizado por inúmeras formações.
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