Balanço de mortos em ataques a bases militares no Mali sobe para 40
Os corpos de mais dois soldados malianos, vítimas de ataques no campo de Boulekessi (centro), foram encontrados, elevando o número de militares mortos em duas ofensivas simultâneas para 40, anunciou hoje fonte do Governo do Mali.

© Reuters

Mundo Mali
"Durante uma busca na área de Boulekessi, encontrámos mais dois corpos. O balanço provisório de mortos é agora de 40", afirmou um funcionário do Ministério da Defesa do Mali.
A mesma fonte, citada pela agência France-Presse, acrescentou que "as operações continuam": "Nós temos a intenção de ficar em Boulekessi e estamos a fazer tudo o que podemos para colocar no local os recursos humanos e os materiais necessários".
Inicialmente, o Governo contabilizava 25 mortos entre as fileiras das forças de defesa, assim como 60 desaparecidos.
O Governo registara também a morte de 15 militantes do grupo armado autor dos ataques.
Até ao momento, nenhum grupo reclamou a responsabilidade dos ataques a duas bases militares no centro do Mali.
Os ataques ocorreram de forma simultânea em dois campos de militares, em Boulekessi e Mondoro, na noite de 30 de setembro para 01 de outubro, e eram destinados não apenas às forças armadas malianas, mas também à força militar conjunta do G5-Sahel.
O Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou "firmemente os ataques terroristas" contra as forças malianas e o batalhão da força do G5 Sahel, endereçando condolências às famílias dos soldados mortos e desejos de rápidas melhoras aos feridos.
"Renovo a inteira solidariedade da União Africana ao Governo maliano e aos países que contribuem com tropas para a força G5 Sahel", frisou.
A força conjunta G5-Sahel é composta por cerca de 5.000 militares de cinco países da região - Mali, Níger, Burkina Faso, Chade, Mauritânia - e, além da falta de material, enfrenta dificuldades financeiras, embora beneficie do apoio de França.
A missão de paz da ONU no Mali, MINUSMA, reúne cerca de 15.000 militares e polícias, cujo objetivo não passa pelo combate à luta contra grupos 'jihadistas'.
Os ataques terroristas afetam o Mali desde 2012, na sequência de um golpe de Estado, que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.
A ação dos 'jihadistas' foi muito limitada em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do Mali, especialmente no norte e no centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando grupos terroristas.
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