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Argentina. Insistência da mãe permitiu encontrar filha raptada há 24 anos

Um caso de rapto que teve um final feliz, mais de duas décadas depois. Mãe conseguiu encontrar filha desaparecida com publicação no Facebook.

Argentina. Insistência da mãe permitiu encontrar filha raptada há 24 anos
Notícias ao Minuto

12:55 - 23/09/19 por Notícias Ao Minuto

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Onde as autoridades não conseguiram ir mais longe, foi a resiliência de uma mãe que resolveu. As publicações constantes de Marina Beatriz Aragunde no Facebook tornaram possível o reencontro com a sua filha, Marina Fernanda Aragunde, raptada em 1995.

Conforme relata o argentino Clarín, Marina Fernanda tinha apenas quatro anos de idade quando foi sequestrada, a 1 de fevereiro de 1995, em Buenos Aires, na Argentina.

Foi procurada em vários lugares do país, mas sem sucesso durante 24 anos. As autoridades argentinas trabalharam em várias hipóteses, mas nunca conseguiram chegar à criança. Foi mesmo a mãe, Marina Beatriz, de 46 anos, com a sua persistência, que chegou ao paradeiro da filha.

"Olá, filha. Quero que saibas que continuo à tua procura. Roubaram-te da minha vida quando tinhas quatro anos. Agora tens 28. Nasceste a 4 de fevereiro de 1991 no hospital Vélez Sarsfield. Talvez te identifiques com uma das fotos que coloquei, és muito parecida comigo e com os teus tios...", podia ler-se numa das dezenas de publicações da mãe no Facebook.

Notícias ao MinutoPublicação que permitiu a Marina encontrar a sua verdadeira mãe.© Facebook

Marina viu a publicação e reconheceu-se numa das imagens, levando-a a entrar em contacto com a mulher do perfil. Depois de uma conversa onde trocaram "muitíssimos dados", decidiram ver-se ao vivo.

"A primeira vez que a vi foi demasiado forte. Estava sentada, vi-a chegar a pé e foi como se a minha alma se tivesse completado. Não me lembrava dela. Tinha algumas imagens do corpo, mas não da cara. Reconheci as mãos, com o toque e tudo. Foi muito forte", indicou Marina, a filha.

Notícias ao MinutoUma das imagens de Marina, antes de ser raptada.© Facebook

A jovem diz, agora, ter memórias vagas do momento do sequestro, enquanto brincava no jardim. Diz que fez "uma viagem longa", que primeiro esteve numa casa e depois entregaram-na àquela que, "até há pouco tempo", era a sua família.

Os contornos do rapto ficaram mais claros sete meses depois do mesmo, quando o pai e o avô de Marina foram detidos por integrar um grupo criminoso dedicado ao roubo de estabelecimentos comerciais e tráfico de drogas. "Foi um ajuste de contas dos narcos, entre o meu avô paterno e os que me sequestraram e venderam. Foi para fazer mal ao meu avô, mas não pensaram que só me faziam mal a mim e à minha mãe", indicou a jovem.

De acordo com o Clarín, Marina já iniciou os mecanismos legais para recuperar a sua verdadeira identidade. Ainda assim, tanto mãe como filha têm sido alvo de ameaça desde que se reencontraram. "Tenho medo. Muito. Mas o medo não me vai parar", disse a jovem.

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