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Candidato às presidenciais tunisinas Nabil Karoui vai permanecer detido

Um dos favoritos às eleições presidenciais de domingo na Tunísia, Nabil Karoui, vai permanecer na prisão após uma decisão hoje emitida pela justiça, anunciou o seu partido Qalb Tounes (Coração da Tunísia).

Candidato às presidenciais tunisinas Nabil Karoui vai permanecer detido
Notícias ao Minuto

16:56 - 13/09/19 por Lusa

Mundo Tunísia

"O Tribunal de apelo declarou-se incompetente (...) e por consequência recusou o recurso relacionado com Nabil Karoui", indicou o partido em comunicado. Karoui está em detenção provisória desde 23 de agosto, indiciado por branqueamento de dinheiro.

"É uma decisão relacionada com a forma: o Tribunal recusou abordar o fundo da questão", disse um dos seus advogados, Kamel Ben Messoud, em declarações à agência noticiosa AFP.

"Não poderá votar no domingo, mesmo que tenha esse direito", sublinhou ainda a sua advogada Nazih Souii, ao precisar que será formulado em breve um novo pedido para a sua libertação. "Nunca existiram urnas nas prisões, mesmo que certos detidos tenham os seus direitos cívicos".

Karoui, um empresário do universo dos media e da publicidade perseguido desde 2017 por branqueamento de dinheiro e evasão fiscal, foi detido em 23 de agosto. A data da sua detenção, dez dias antes do início da campanha, motivou interrogações sobre uma instrumentalização da justiça pela política.

Nos últimos anos garantiu uma forte popularidade, em particular após organizar distribuição de ajuda nas regiões mais pobres do país, operações que foram transmitidas pela Nessma, a cadeia televisiva que fundou.

A candidatura de Karoui foi validade pela comissão eleitoral do país (Isie), e continua a fazer campanha por intermédio da Nessma, de sua mulher Salwa Smaoui, e da sua família. Através do seu partido anunciou ter iniciado uma greve de fome, ao exigir o direito de voto no domingo.

Os pedidos de libertação emitidos pelos seus advogados foram até ao momento rejeitados.

Karoui e o seu irmão Ghazi são alvo de um processo judicial desde 2017, após uma queixa da ONG anti-corrupção I-Watch que os acusa de fraude fiscal.

Em julho, o juiz de instrução responsável pelo inquérito decidiu o congelamento dos seus bens e a proibição de se ausentarem do país.

Sete milhões de tunisinos são convocados no domingo para a segunda eleição presidencial democrática da sua história, após uma campanha que envolveu 26 candidatos e com todos os cenários em aberto devido à forte indecisão do eleitorado.

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