A decisão política foi tomada na quinta-feira e deverá ser formalmente adotada no final do mês, prolongando a operação Sophia por mais seis meses -- até 31 de março de 2020 - mas limitada à vigilância aérea, a cargo de quatro aviões, adiantou, na conferência de imprensa diária da Comissão europeia, a porta-voz para a Política externa, Maja Kocijancic.
"Como não há acordo sobre o desembarque (de refugiados), a missão irá continuar sem navios, mas a UE pode rever esta decisão a qualquer momento", esclareceu a porta-voz, sendo que a operação envolve apenas quatro aviões de vigilância.
"Renovámos o apelo aos países-membros, incluindo a Itália, para que cheguem a um acordo e estamos a analisar todos os procedimentos possíveis, mas são os países que têm que rever" os procedimentos da operação, disse ainda Maja Kocijancic
A operação Sophia foi lançada em 2015 após um naufrágio em Lampedusa (costa italiana) em que 800 pessoas morreram, tendo a Itália assumido o comando e sua sede fica em Roma.
Foi parcialmente suspensa em março de 2019, após a decisão dos Estados-membros de não enviar navios para atravessar a costa da Líbia devido à recusa do governo italiano em aceitar o desembarque dos náufragos.