Londres e Dublin encontram terreno comum, mas há "lacunas substanciais"

O encontro hoje em Dublin entre os primeiros-ministros britânico e irlandês permitiu identificar "terreno comum" em algumas áreas, mas "continuam a existir lacunas substanciais", conclui um comunicado conjunto emitido no final.

Notícia

© Reuters

Lusa
09/09/2019 13:13 ‧ 09/09/2019 por Lusa

Mundo

Brexit

Boris Johnson foi recebido por Leo Varadkar numa reunião que foi considerada "positiva e construtiva" e que começou por uma conversa a sós entre os dois durante mais de meia hora, até se juntarem os assessores por outros 30 minutos.

"Embora tenham concordado que o diálogo está numa fase inicial, foi estabelecido um terreno comum em algumas áreas, embora ainda existam lacunas significativas", concluíram, segundo o comunicado.

A saída do Reino Unido da União Europeia, determinada pelo referendo de 2016 e cujo processo está previsto terminar a 31 de outubro, foi o tema principal do encontro, embora as negociações para o 'Brexit' sejam feitas em Bruxelas, entre o governo britânico e uma equipa que representa os 27 restantes Estados membros.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem repetido a determinação em concluir o processo, com ou sem acordo, defendendo alternativas para substituir o mecanismo de salvaguarda para a fronteira da Irlanda do Norte designado por 'backstop' no Acordo de Saída negociado pela antecessora Theresa May.

Entre as suas propostas estão programas "trusted trader" - listas de empresas com autorização prévia - ou controlos aduaneiros eletrónicos realizados antes da passagem na fronteira.

Outra ideia, adiantou, é a da criação de uma "unidade na ilha da Irlanda" para fins sanitários e fitossanitários de produtos agroalimentares.

"Se for removida a política, no centro de cada problema encontram-se problemas práticos que podem ser resolvidos com energia suficiente e um espírito de compromisso", argumentou Johnson.

Varadkar reiterou a importância da solução para a fronteira com terrestre com a Irlanda do Norte, de forma a evitar controlos físicos e também para manter a paz no território britânico, afectado por um conflito sectário entre católicos e protestantes durante décadas.

"Estamos abertos a alternativas. Mas elas devem ser realistas, juridicamente vinculativas e viáveis, e não recebemos quaisquer propostas", vincou.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas