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Macron apela ao respeito do acordo de paz na República Centro Africana

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou hoje em Paris, ao seu homólogo da República Centro Africana, a necessidade deste levar a cabo todos os esforços para que "o acordo de paz seja respeitado por todos os grupos armados".

Macron apela ao respeito do acordo de paz na República Centro Africana
Notícias ao Minuto

16:53 - 05/09/19 por Lusa

Mundo Macron

Seis meses após a assinatura do acordo concluído em fevereiro entre o Governo e 14 grupos armados, a paz tarda em instalar-se na República Centro Africana (RCA), onde cerca de 80% do território das províncias continua sob o controlo dos grupos rebeldes.

O chefe de Estado francês voltou a receber Faustin Touadéra em Paris, depois de setembro de 2017, e recordou ao Presidente centro-africano "o seu compromisso com a organização de eleições livres e inclusivas", no final de 2020.

Segundo um comunicado do Eliseu, citado pela agência France Presse, Mácron sublinhou também a ideia de que a parceria entre a França e a África central é "indispensável, nomeadamente para a segurança com os países vizinhos".

Os combates entre grupos armados e os ataques contra a população civil na RCA prosseguem, com mortes, violações, detenções arbitrárias e ataques contra pessoal das equipas de assistência humanitária.

A aproximação entre a RCA e a Rússia tem suscitado algumas preocupações à Presidência francesa.

O representante especial das Nações Unidas na RCA condenou, na segunda-feira, os confrontos entre dois grupos armados, que assinaram o acordo de paz, causando pelo menos dois mortos e vários feridos.

"A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA) condena veementemente os violentos confrontos em Birão entre dois signatários do acordo de paz, o MLCJ e o FPRC, que causaram mortos e vários feridos", referiu Mankeur Ndiaye, considerando tratar-se de uma violação do acordo assinado em fevereiro de 2019.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território, enquanto o resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo e por 14 grupos armados, e um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um Governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde agora tem a 5.ª Força Nacional Destacada (FND) e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel Hilário Peixeiro.

A 5.ª FND, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares do Exército, na sua maioria elementos dos Comandos (22 oficiais, 44 sargentos e 114 praças, das quais nove são mulheres), e três da Força Aérea.

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