Criança da RDCongo infetada com Ébola morre no Uganda

Uma menina de 9 anos da República Democrática do Congo, cujo teste ao Ébola deu positivo no Uganda, morreu na madrugada de hoje, disseram autoridades oficiais, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou existirem perto de 3.000 infetados.

Ébola: Número de mortos sobe para 1.277 na RDCongo

© Reuters

Lusa
30/08/2019 15:22 ‧ 30/08/2019 por Lusa

Mundo

Ébola

O corpo da jovem será repatriado, com a mãe, para a República Democrática do Congo (RDCongo) onde se realizará o funeral, segundo Eddy Kasenda, responsável pelo combate à epidemia do Ébola na cidade de Kasindi.

"Estamos a concluir as formalidades administrativas para que o corpo seja repatriado e seja enterrado aqui, no [RD]Congo, seu país natal", disse Kasenda, citado pela agência Associated Press.

O médico acrescentou que os seus serviços estão "a colaborar com os serviços de saúde do vizinho Uganda" e vão "reforçar as medidas sanitárias" em Kasindi.

A menina, que viajou com a mãe, foi isolada após ter sido identificada na quarta-feira como uma possível paciente com Ébola.

Embora os casos de contaminação transfronteiriça sejam raros até agora, este caso evidencia o risco de o Ébola se espalhar através das fronteiras para os vizinhos Uganda e Ruanda.

As fronteiras da região costumam ser muito frequentadas, e muitas pessoas viajam à noite usando trilhos para atravessar o território para outros países.

Em junho, uma família da RDCongo, com alguns familiares doentes, atravessou para o Uganda por um caminho no mato, e dois morreram mais tarde com Ébola e os outros foram transferidos para o país de origem.

"É fundamental que continuemos em alerta em áreas de alto risco e que capacitemos as comunidades para que estejam preparadas para prevenir o vírus", disse a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, após a confirmação do caso de Ébola no Uganda.

O Uganda teve vários surtos de Ébola e febres hemorrágicas desde 2000.

Como a criança agora vítima de Ébola passou por um posto oficial de fronteira esta semana, as autoridades de saúde do Uganda acreditam que não terá tido contactos com ugandeses.

O Ébola matou quase 2.000 pessoas no leste da RDCongo desde agosto de 2018. A doença espalha-se através do contacto com os fluidos corporais de uma pessoa infetada.

A OMS disse hoje que já foram registados 3.000 casos de infetados com o vírus no RDCongo, e que houve 1.893 mortes confirmadas pela doença e cerca de 900 sobreviventes.

Uma média de 80 pessoas por semana são infetadas pelo vírus, a maioria na província de Kivu, no Norte da RDCongo.

O surto de Ébola no leste da RDCongo não tem dado sinais de abrandamento, apesar dos novos tratamentos e vacinas administrados a mais de 200.000 pessoas na região e do uso de dois tratamentos terapêuticos, como parte de um ensaio clínico.

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