Os incidentes aconteceram na localidade de Esu e, segundo a Efe, as vítimas eram civis que estavam armados.
Apesar dos apelos feitos pela comunidade internacional para resolver a crise separatista nos Camarões, o conflito continua e, de acordo com números das autoridades camaronesas, pelo menos 15 soldados morreram às mãos de separatistas armados nas últimas semanas.
Ainda que as línguas inglesa e francesa se encontrem entre os idiomas oficiais dos Camarões, 20% da população do país é anglófona e sente-se marginalizada pelo Governo central francófono há várias décadas.
A atual crise atinge as regiões noroeste e sudoeste dos Camarões e teve início em 2016, através de manifestações de professores e advogados que exigiam um uso igualitário do inglês em tribunais e escolas, assim como uma maior representatividade no Governo.
Em 2017, a crise intensificou-se, chegando a um conflito intensificado pela recusa do Governo de Paul Biya, no poder há 36 anos, de aceitar qualquer tipo de reivindicação e criação de grupos separatistas armados.
Segundo as Nações Unidas, a crise anglófona provocou mais de 430 mil deslocados internos, com o Ministério da Defesa dos Camarões a registar a morte de 300 soldados.
Entre os civis, organizações humanitárias falam de 2.000 mortos.
Em maio, o primeiro-ministro dos Camarões, Joseph Dion Ngute, mostrou-se disponível para iniciar um diálogo, conduzido por Biya, sobre todas as exigências políticas dos separatistas, salvaguardando desde o início a "indivisibilidade" do Estado camaronês.