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Mais de 80 cães resgatados de mercado de carne canina na Coreia do Sul

Os clientes podiam escolher um animal para ser eletrocutado para depois ser comido.

Mais de 80 cães resgatados de mercado de carne canina na Coreia do Sul
Notícias ao Minuto

14:06 - 01/07/19 por Sara Gouveia

Mundo Coreia do Sul

Oitenta e cinco cães foram salvos de um mercado de carne canina conhecido na Coreia do Sul por deixar os clientes escolherem um animal vivo para ser eletrocutado e depois comido.

Os cães, a maioria de raça jindo-coreano, foram libertados por voluntários esta segunda-feira, quando o mercado de carne de cão Gupo em Busan, na Coreia do Norte, foi obrigado a encerrar.

Os animais aterrorizados foram encontrados em jaulas de tamanho reduzido. Foram resgatados como parte da tentativa de acabar com o comércio de carne canina e entregues em abrigos temporários.

Estes cães viveram a vida toda em jaulas e nasceram e cresceram em quintas de criação de animais para abate. A morte por eletrocussão é a mais utilizada, mas o enforcamento também é prática comum.

O mercado foi encerrado como parte das medidas de planeamento urbano que pretendem transformar o local num parque público.

"Durante décadas simbolizaram de forma pública imensa crueldade dos mercados de carne canina, com cães a serem dispostos em jaulas na rua para os clientes selecionarem algum para morte por eletrocussão", explicou Nara Kim, uma ativista da Humane Society International, que esteve no local durante o resgate, ao Mirror.

"O encerramento do mercado de venda de carne de cão Gupo significa o fim de uma era terrível na história da carne canina na Coreia do Sul e um sinal dos tempos de que as autoridades estão a tentar acabar com esta indústria impopular de que a maior parte dos sul-coreanos não quer fazer parte", acrescentou, referindo que apesar de saberem que "ainda há um longo caminho a percorrer", há dois anos nunca teriam "acreditado que poderia haver tanto progresso".

A maioria das pessoas no país não come regularmente carne de cão, mas é um prato popular durante os meses de julho e agosto, quando é comido como uma sopa chamada bosintang.

"Alguns vão ficar na Coreia em novas casas, mas a Humane Society International vai enviar outros para o Canadá e para os Estados Unidos para conseguirem o amor e carinho que merecem antes de serem entregues a abrigos para conseguirem casas adotivas", explicou Nara ao jornal.

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