"O inimigo, como não conseguiu alcançar os seus objetivos, propõe negociações e diz que a nação iraniana deve progredir. Sem qualquer dúvida, esta nação vai progredir, mas sem os senhores e na condição de não se aproximarem", disse o ayatollah Ali Khamenei dirigindo-se diretamente ao Governo norte-americano num discurso divulgado no seu 'site' oficial.
Khamenei indicou que o principal objetivo da proposta de negociação dos Estados Unidos é "desarmar a nação e eliminar os elementos da autoridade iraniana".
"Os norte-americanos agora têm medo da autoridade da nação iraquiana, têm medo de avançar, pelo que através de negociações querem retirar ao Irão o fator de autoridade para poderem fazer o que querem com a nação", adiantou.
O líder supremo disse ainda que os insultos e as falsas acusações dos Estados Unidos não derrotarão o povo iraniano.
"O mais cruel dos regimes do mundo, os Estados Unidos, na origem de guerras, de derramamento de sangue e de saques ao longo da história, está a acusar a grande e respeitável nação do Irão", disse Ali Khamanei.
Ela "não cederá a tais insultos" e "poderosa, embora oprimida (...) manter-se-á firme (...) continuará o seu caminho com determinação e atingirá os seus objetivos", adiantou.
O presidente norte-americano, Donald Trump, que acusa o Irão de tentar obter a arma nuclear e de "apoiar o terrorismo", assinou não segunda-feira um decreto impedindo Khamenei, "a sua equipa e outros próximos de terem acesso a recursos financeiros essenciais".
A República Islâmica acusou na terça-feira Washington de ter fechado "de modo permanente a via da diplomacia" com aquelas sanções, que surgem num contexto de grave tensão entre os dois países sobre a questão nuclear iraniana.