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Trump comenta caso do drone abatido e acusa Irão de cometer "erro enorme"

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o caso do drone americano abatido pela força aérea iraniana acusando o regime de Teerão de ter cometido "um enorme erro".

Trump comenta caso do drone abatido e acusa Irão de cometer "erro enorme"
Notícias ao Minuto

16:39 - 20/06/19 por Lusa

Mundo EUA

Num comentário curto, feito, como habitualmente, na rede social Twitter, Donald Trump escreveu: "O Irão cometeu um enorme erro!".

Os Estados Unidos confirmaram hoje que um drone, pequeno avião não tripulado, da Marinha americana foi abatido pelo Irão.

Segundo Sarah Sanders, conselheira de imprensa da Casa Branca, Donald Trump foi informado sobre o incidente na quarta-feira à noite e, de novo, na quinta-feira de manhã.

Segundo um comunicado do Pentágono, emitido hoje, o drone de vigilância da Marinha americana foi abatido quando se encontrava em "espaço aéreo internacional".

O comunicado refere que o "drone de vigilância marítima RQ-4A Global Hawk", fabricado pela empresa norte-americana Northrop Grumman, foi "abatido", esta madrugada, "por um sistema antiaéreo de mísseis terra-ar iraniano, quando operava em espaço aéreo internacional, sobre o estreito de Ormuz".

Portanto, Washington considera que a reação do Irão foi "injustificada".

Já o Irão, através da Press TV, canal de informação em inglês da televisão estatal nacional, foi o primeiro a informar que o drone "foi abatido pela força aérea", por alegada violação do espaço aéreo, na província costeira de Hormozgan, no Sul do país.

O comandante dos Guardas da Revolução, general Qassem Soleimani, disse que o Irão "não tem qualquer intenção" de entrar em conflito com outra nação do mundo, mas garantiu que o país "está pronto para a guerra".

De acordo com os responsáveis pela Defesa americana, "as informações iranianas segundo as quais o engenho aéreo sobrevoava o Irão são falsas".

Este incidente ocorre num contexto de crescente tensão entre o Irão e os Estados Unidos e depois de, na passada quinta-feira, dois petroleiros, um norueguês e um japonês, terem sido alvo de ataques no estreito de Ormuz.

O Irão negou qualquer envolvimento nos ataques e sugeriu que podia tratar-se de um golpe dos EUA para justificar o uso da força contra a república islâmica.

O diferendo entre os Estados Unidos e o Irão dura há bastante tempo e a crispação está a aumentar desde que o Presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos, há um ano, do acordo nuclear internacional assinado, em 2015, entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China (mais a Alemanha) -- e o Irão, restaurando sanções devastadoras para a economia iraniana.

Neste contexto, Joe Biden, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, comentou hoje a "estratégia" de Donald Trump face ao Irão, qualificando-a como "um desastre".

O número dois da administração democrata predecessora, liderada por Barack Obama, considera que o Governo de Trump está a "afastar-se da diplomacia" e a "tornar mais provável um conflito militar".

Na opinião de Biden, o atual Presidente dos EUA "fracassou" em dois "interesses vitais" na região do Médio Oriente: impedir que o Irão adquira armas nucleares e assegurar a estabilidade do fornecimento energético do estreito de Ormuz.

Biden, que já anunciou a candidatura às primárias democratas para as presidenciais de 2020, recordou ainda que Trump "prometeu que o abandono do acordo [nuclear de 2015) e a imposição de sanções parariam a agressividade do Irão, mas não fizeram mais do que torná-lo mais agressivo".

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