A agência noticiosa ISNA indicou que os estudantes da Universidade de Teerão em protesto -- homens e mulheres -- tiveram uma ligeira briga com outro grupo de estudantes que apoiam o conservador código de vestuário do país. A concentração terminou após algumas horas.
O vice-reitor da universidade, Majid Sarsangi, disse à ISNA que não há novas medidas na universidade relativas ao uso obrigatório do véu, defendendo, no entanto, que os estudantes devem ter mais respeito pela regra durante o corrente mês do Ramadão.
Adiantou que os manifestantes não tinham autorização para realizarem o protesto.
O véu islâmico é obrigatório em público para todas as mulheres no Irão. As que violam a regra são geralmente sentenciadas a um máximo de dois meses de prisão e a uma multa de cerca de 22 euros.
Uma destacada advogada dos direitos humanos, Nasrin Sotoudeh, foi condenada em maio a sete anos de prisão depois de defender manifestantes anti-véu islâmico.
As autoridades iranianas adotaram uma abordagem mais dura em relação a esses protestos desde 2017, após dezenas de mulheres retirarem os seus véus em público. O regime responsabiliza grupos de oposição sediados no estrangeiro pelos protestos.