EUA bloqueiam declaração final da reunião do Conselho do Ártico

Os oito países membros do Conselho do Ártico reuniram-se na Finlândia, mas falharam a redação da declaração final porque os Estados Unidos se recusam a mencionar as alterações climáticas.

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Lusa
07/05/2019 10:55 ‧ 07/05/2019 por Lusa

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Encontro

Na segunda-feira, no início da 11.ª reunião ministerial da organização de cooperação regional o ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Timo Soini, anunciou, sem justificar, a alteração da ordem dos trabalhos trocando a habitual declaração conjunta por posições ministeriais separadas.

A alteração indica a falta de acordo entre os Estados-membros porque Washington, em confronto com os outros países, se recusou a mencionar as alterações climáticas no texto final.

De acordo com o centro de investigação norte-americano Artic Institute, trata-se da primeira vez que o Conselho do Ártico, criado em 1996 e que se reúne de dois em dois anos, falha uma declaração final.

"O problema é que a América (Estados Unidos) levantou dificuldades na conclusão do acordo final", disse à France-Presse Saly Swetzof da Associação Internacional Aléoutes, uma das seis organizações que representam populações indígenas no quadro do Conselho do Ártico.

A organização que este ano se reúne em Rovaniemi, Finlândia, é constituída pelos Estados Unidos, a Rússia, o Canadá e os cinco Estados nórdicos: Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia.

Na segunda-feira, durante a reunião ministerial, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, criticou fortemente a República Popular da China e a Rússia, afirmando que são países que têm "uma atitude agressiva" em relação ao Ártico.

Mike Pompeo não fez uma única referência às alterações climáticas sendo que, segundo os cientistas presentes no encontro, o aquecimento global é "duas vez mais rápido" no Ártico do que em qualquer outro ponto do planeta.

 

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