Durante uma vigília na passada sexta-feira na New York University pelo massacre na Nova Zelândia, que resultou na morte de 50 pessoas, Chelsea Clinton, a filha de Bill e Hillary Clinton, foi confrontada por uma estudante pelas suas críticas à congressista democrata Ilhan Omar e acusada de “islamofobia”.
Em causa está um tweet no qual Chelsea Clinton comentou um outro tweet da congressista no mês passado e que lhe valeu um coro de críticas tanto da parte de membros do Partido Republicano como do seu próprio partido, o Democrata. Ilhan Omar sugeriu na altura que o Comité Israelo-americano de Assuntos Públicos financiava políticos pró-Israel.
“Devíamos esperar que todos os políticos eleitos, independentemente do partido, e todas as figuras públicas não enveredassem pelo anti-semitismo”, escreveu Chelsea Clinton.
Co-signed as an American. We should expect all elected officials, regardless of party, and all public figures to not traffic in anti-Semitism.
— Chelsea Clinton (@ChelseaClinton) February 11, 2019
Num vídeo publicado nas redes sociais pode ver-se Leen Dweik a criticar Chelsea Clinton por “tudo que tem feito e por toda a islamofobia que tem alimentado”.
Chelsea ainda expressa as suas desculpas. “Eu peço imensa desculpa por te sentires assim. Certamente essa nunca foi a minha intenção. Acredito que as palavras contam. Acredito que temos de demonstrar solidariedade”, disse.
Mas isso de pouco lhe valeu. “As palavras contam. E isto, isto aqui é o resultado de um massacre alimentado por pessoas como tu e pelo impacto que as suas palavras têm. E quero que saiba isso, e que sinta profundamente, que 49 pessoas morreram (era o número de vítimas mortais na altura) devido à sua retórica”, atirou a estudante.
De recordar que o autor do massacre na Nova Zelândia, Brenton Harrison Tarrant, atacou duas mesquitas na cidade de Christchurch.