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Reino Unido, Alemanha, Espanha e EUA exigem regresso seguro de Guaidó

Reino Unido, Alemanha e Espanha exigiram hoje ao Governo venezuelano de Nicolás Maduro que garanta a "liberdade e a segurança" no regresso à Venezuela do autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó.

Reino Unido, Alemanha, Espanha e EUA exigem regresso seguro de Guaidó
Notícias ao Minuto

16:12 - 04/03/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"O Presidente interino da Venezuela regressa hoje ao país. O regime de [Nicolás] Maduro deve garantir a sua liberdade e segurança", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Jeremy Hunt, na rede social Twitter.

"O mundo está a observar", acrescentou o responsável da diplomacia britânica que em 04 de fevereiro anunciou que o Reino Unido reconhecia Juan Guaidó como "Presidente constitucional interino" da Venezuela até à convocação de novas eleições presidenciais.

Posição semelhante foi manifestada pela Alemanha que advertiu que "qualquer medida que coloque em risco a liberdade, a segurança e a integridade pessoal de Guaidó" representaria "um considerável potencial de escalada" da situação, segundo Maria Adebahr, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A porta-voz lembrou ainda que para a Alemanha e a União Europeia (UE), a Assembleia Nacional venezuelana, com Juan Guaidó como o seu Presidente "é a única autoridade estatal democraticamente legitimada na Venezuela".

Espanha reiterou também a importância do alerta que a União Europeia lançou à Venezuela para respeitar a capacidade de Juan Guaidó de "exercer livremente as suas funções".

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Josep Borrell, advertiu o Governo venezuelano e o seu Presidente, Nicolás Maduro, sobre "as consequências, do ponto de vista diplomático e das relações, caso houvesse alguma ação contra o Presidente interino da Venezuela".

"Destacamos a importância de Guaidó poder exercer livremente as suas funções como presidente da Assembleia e, no nosso caso, reconhecido como Presidente interino" da Venezuela, indicou Josep Borrell.

Também o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, exigiu o regresso seguro de Juan Guaidó à Venezuela e prometeu uma "resposta forte e significativa" dos Estados Unidos a qualquer incidente.

Por seu turno, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, declarou que qualquer ação contra "a liberdade, segurança ou a integridade pessoal" de Guaidó "representaria uma grande escalada de tensões e mereceria a firme condenação da comunidade internacional".

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou no Twitter que regressava ao país às 11:00 (15:00 em Lisboa), depois de uma visita a vários países da América do Sul.

"Anuncio o meu regresso ao país. Peço ao povo venezuelano que se concentre, em todo o país, amanhã [hoje, segunda-feira] às 11:00 [15:00 em Lisboa]", escreveu Guaidó no Twitter.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente interino e declarou que assumia os poderes executivos do chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro.

Guaidó, de 35 anos, prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, de 56 anos, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa de Guaidó como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da UE, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

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