"Supervisionamos 16 contentores com 20 mil caixas Clap (alimentos subsidiados) que não puderam ser entregues às famílias que habitam em Cúcuta (Colômbia), porque a migração impede", disse o presidente da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime).
Diosdado Cabello falava aos jornalistas em Ureña, Venezuela, nas proximidades da fronteira colombo-venezuelana, onde o Governo do Presidente Nicolás Maduro realizou o concerto musical "Para a guerra nada".
"A revolução venezuelana trouxe alimentos para os irmãos da zona de Cúcuta e impedem que a comida passe", frisou.
Cabello, que é considerado o segundo homem mais forte do chavismo, depois de Nicolás Maduro, explicou ainda que 50% da população de Villa do Rosário, uma localidade de Cúcuta, vive em pobreza.
Do outro lado da fronteira, em Cúcuta, estão centenas de toneladas de ajuda humanitária internacional, à espera que o Governo do presidente Nicolás Maduro autorize a entrada no país.
A ajuda, segundo a oposição venezuelana, permitirá assistir, numa primeira fase 300 mil famílias venezuelanas que precisam de ajuda.
A oposição espera que essa ajuda humanitária entre hoje na Venezuela, apesar de o Governo do Presidente Nicolás Maduro ter insistido várias vezes que não vai permitir.
Dados recentes, divulgados pela ONU, dão conta que mais de 3,4 milhões de pessoas abandonaram a Venezuela, desde 2015, escapando da crise política, económica e social que afeta o país.