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Venezuela: Concerto solidário "não tem nada a ver com ajuda humanitária"

Roger Waters critica o concerto desta sexta-feira para a Venezuela que está a ser organizado por Richard Branson. "Queremos mesmo que a Venezuela se torne noutro Iraque, Síria ou Líbia?", questiona.

Notícias ao Minuto

19:17 - 19/02/19 por Fábio Nunes

Mundo Roger Waters

Conhecido pelas suas opiniões sociais e políticas, Roger Waters insurgiu-se contra o concerto ao estilo do Live Aid e que está agendado para esta sexta-feira na cidade colombiana de Cúcuta, que fica perto da fronteira com a Venezuela.

Num vídeo publicado esta terça-feira no seu Twitter, Waters considera que a ajuda humanitária não deve ser politizada como defendem a Cruz Vermelha e as Nações Unidas.

“Não tem nada a ver com ajuda humanitária. Tem a ver com o facto do Richard Branson, e eu não estou surpreendido com isto, ter acreditado na conversa dos Estados Unidos que dizem ‘Decidimos tomar controlo da Venezuela, sejam lá quais forem as nossas razões’. Mas não tem nada a ver com as necessidades do povo venezuelano, não tem nada a ver com democracia, com liberdade, com ajuda humanitária”, afirma Roger Waters.

O músico frisa que tem amigos em Caracas que garantem que “até agora, não há guerra civil, caos, homicídios, que não existe uma aparente ditadura, nem detenções em massa de membros da oposição, nem repressão à imprensa, apesar desta ser a narrativa que nos está a ser vendida”.

A concluir o vídeo, Roger Water deixa uma questão no ar. “Queremos mesmo que a Venezuela se torne noutro Iraque, Síria ou Líbia? Eu não quero. E o povo venezuelano também não”.

Richard Branson pretende angariar 100 milhões de dólares (cerca de 88 milhões de euros) para providenciar alimentos e medicação para os venezuelanos. O concerto é apoiado pela oposição venezuelana liderada por Juan Guaidó.

Alejandro Sanz, Luis Fonsi e Maluma são algumas das atuações já confirmadas.

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