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Venezuela: Bulgária bloqueia milhões de euros de transferências da PDVSA

A Bulgária bloqueou, a pedido dos Estados Unidos, vários "milhões de euros" de transferências feitas pela companhia petrolífera venezuelana através deste país em violação das sanções dos EUA, anunciou hoje a Procuradoria-Geral búlgara.

Venezuela: Bulgária bloqueia milhões de euros de transferências da PDVSA
Notícias ao Minuto

14:48 - 13/02/19 por Lusa

Mundo Petrolífera

Segundo o procurador-geral, Sotir Tsatsarov, Sófia anulou uma conta aberta num banco da Bulgária através da qual o dinheiro foi transferido da PDVSA - empresa de petróleo estatal da Venezuela - para outros países.

Em conferência de imprensa, em Sófia, Dimitar Gueorguiev, diretor da Agência Nacional de Segurança búlgara, indicou tratar-se de "milhões de euros".

A Bulgária, que foi alertada por Washington, "verificou todo o seu sistema bancário para averiguar se outras transferências venezuelanas foram recebidas e se algum dinheiro foi transferido para o exterior", indicou Dimitar Gueorguiev.

Por seu turno, o embaixador dos EUA na Bulgária, Eric Rubin, salientou que o "objetivo é garantir que a riqueza do povo venezuelano não seja roubada" em favor do regime.

De acordo com o procurador-geral, a conta suspeita, que inclui contas derivadas, foi aberta por um advogado binacional búlgaro.

"As transferências a partir desta conta não têm nada a ver com as suas atividades de advogado", referiu a mesma fonte.

O advogado, suscetível de ser processado por "lavagem de dinheiro", não se encontra atualmente na Bulgária, acrescentou o procurador-geral.

Carlos Paparoni, presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional da Venezuela, escreveu, na sua conta da rede social Twitter, que a PDVSA tentou desviar fundos públicos através da Bulgária.

Tanto os EUA como a Bulgária reconheceram o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela para que convoque eleições livres e justas.

Os Estados Unidos adotaram sanções contra a PDVSA, cujo objetivo é cortar o financiamento ao regime da Venezuela, país que retira da indústria petrolífera quase 96% dos rendimentos.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceu Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.

À crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

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